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Misticismo, contracultura, política e futebol se misturam no novo romance de Marcelo Cid

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78: Misticismo, contracultura, política e futebol se misturam no novo romance de Marcelo Cid24 de junho de 1978. Em pleno Dia de São João, a seleção brasileira e a Itália disputam o terceiro lugar na Copa da Argentina, um país que, assim como o Brasil, sofria com a ditadura militar. Este é o cenário de 78, novo romance de Marcelo Cid, lançado pela 7Letras. O primeiro romance de Cid, Unicórnios, foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura.

A narrativa de 78 parte do encontro entre o jornalista esportivo Rafael e o mendigo José Simeão, durante o intervalo do jogo, na esquina “mais famosa de São Paulo”. “O mendigo, considerado louco no ambiente urbano do século XX, poderia ser considerado um sábio místico se estivesse no século XVII”, considera o autor, oferecendo uma chave instigante para a leitura de sua mais recente obra. 78 pode ser interpretado como uma metáfora do constante embate entre modernização e atraso presente na cultura brasileira. No texto, vêm à tona temas como misticismo, religiosidade, futebol, contracultura e política, durante o período da transição democrática brasileira.

As primeiras frases do livro não deixam dúvidas sobre a importância desse contexto: “Foi no ano dos três papas, o ano da loucura suicida de Jim Jones. Foi no ano em que acabou o AI-5 (…)”. Os contrastes entre avanço e retrocesso, entre misticismo e ciência, entre o rudimentar e o refinado pontuam as páginas do livro. “No Brasil, muitas vezes, o que é antigo é tido como condenável. Este livro fala de resistência, da virtude do que é ancestral”, provoca Cid.

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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