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Obras de Jean-Michel Basquiat será exposta em 2018, no Brasil

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Em 2018, uma grande retrospectiva da obra do artista nova-iorquino de ascendência afro-caribenha Jean-Michel Basquiat vai circular pelo Brasil, com entrada gratuita para o público. Com mais de 80 peças, entre quadros, desenhos, gravuras e pratos pintados, a exposição terá sua abertura no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em São Paulo, em 25 de janeiro, aniversário da cidade. As obras ficarão na capital paulista até 7 de abril para, em seguida, serem expostas em Brasília (de 21 de abril, aniversário da capital federal, a 1o de julho), Belo Horizonte (16 de julho a 26 de setembro) e Rio de Janeiro (12 de outubro a 8 de janeiro de 2019). A vinda desse acervo ao Brasil, em quatro capitais, levou cerca de dois anos de negociações.

A retrospectiva Jean-Michel Basquiat foi concebida com obras da família Mugrabi, dona das maiores coleções de Basquiat e também Andy Warhol. As peças foram disputadas por diversos países, entre eles Coreia do Sul, Japão e Rússia. A incrível coleção chega ao país com a curadoria é de Pieter Tjabbes.

“Basquiat é um dos maiores artistas de ascendência afro-caribenha e é exaltado em todo o mundo. Ele é, fundamentalmente, um artista de Nova Iorque. Sua obra personifica o caráter da cidade nos anos 70 e 80, quando a mistura de empolgação e decadência da cidade criou um paraíso de criatividade. Sua obra reflete os ritmos, os sons e a vida da cidade. Ela sintetiza o discurso artístico, musical, literário e político de Nova Iorque durante este período tão fértil”, afirma o curador da exposição, Pieter Tjabbes.

Recentes exposições em Nova Iorque, Milão, Roma e Londres têm valorizado ainda mais sua produção e suas obras – em 2010, uma tela sua, Sem título (1982), foi vendida por mais de US$ 110 milhões de dólares num leilão, fazendo deste trabalho a mais cara obra e arte norte-americana já vendida. Em 2018, além do Brasil (SP, DF, BH e RJ), Alemanha (Frankfurt) e França (Paris) receberão mostras bem representativas do artista.

De acordo com o curador da mostra, Pieter Tjabbes, um dos elementos essenciais na obra de Basquiat é sua composição multi-idiomas: “A justaposição de inglês e espanhol é um dos muitos dinâmicos contrastes culturais dentro da obra que cria a sua energia singular. Ele conseguiu incorporar todos os diversos elementos de sua formação cultural e do seu sofisticado auto aprendizado para dentro de pinturas explosivas”, descreve.

Basquiat é também um raro artista negro de sucesso, no contexto das artes plásticas, em um universo predominantemente branco. Em sua breve carreira, Basquiat trouxe à tona a negritude e as vicissitudes e traumas experimentados pelos negros nos EUA. “Eu percebi que não via muitas pinturas com pessoas negras”, explicou o próprio Basquiat, fazendo um adendo depois: “o negro é o protagonista da maioria das minhas pinturas”.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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