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“1922” ´TRAZ A ESSÊNCIA DO MESTRE DO HORROR: STEPHEN KING

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2017 foi, definitivamente, o ano em que as histórias de Stephen King voltaram a chamar a atenção dos produtores audiovisuais, arrebatando uma nova audiência, que não tinha muita intimidade com a obra do escritor estadunidense. O exemplo mais significativo disso foi o blockbuster de terror It – A Coisa, sucesso de público e crítica que arrecadou mais de 600 milhões de dólares desde sua estreia em setembro do ano passado. No entanto, o clássico livro sobre um grupo de deslocados sociais que enfrenta uma entidade maligna na forma do sinistro palhaço Pennywise não foi o único escrito de King a ser adaptado em um filme.

Quinze dias após It chegar aos cinemas, em setembro, a Netflix lançou o longa 1922, um thriller sobrenatural baseado no conto homônimo de King, presente na publicação “Escuridão Total Sem Estrelas” (Full Dark, No Stars), de 2010. O enredo conta a história de Wilfred James, que, em 1930, resolve escrever uma carta de confissão sobre um crime que cometeu no ano de 1922, quando ele era um fazendeiro que possuía uma propriedade de 30 hectares, onde vivia com sua esposa, Arlette, e seu filho Henry, de 14 anos.

A relação do casal já estava em crise, e a situação piora quando o pai da mulher morre e deixa de herança para a filha, os 40 hectares de terra. O problema é que Arlette, que nunca gostou da vida rural, quer vender a propriedade herdada e se mudar para a cidade, porém, Wilfred é terminantemente contra a ideia. Conforme o casal discute – cada vez mais intensamente – a questão, a relação se deteriora e os dois passam a se odiar mais e mais. Quando percebe que não há maneira de convencer a mulher a mudar de ideia, Wilfred toma uma decisão: passar a manipular o filho contra a mãe, usando como argumento o fato de que, se Arlette se mudar mesmo para a cidade, ela afastará Henry de Shannon, filha do fazendeiro vizinho aos James, por quem o garoto está apaixonado. Logo, o homem consegue convencer o filho de que a única solução é matar Arlette. E, assim, eles o fazem e jogam o corpo e alguns pertences no poço seco da propriedade, para parecer que a mulher apenas abandonou a família.

Tudo corre bem – a colheita foi produtiva, Henry e Shannon iniciaram um relacionamento, todos na região estavam convencidos de que Arlette realmente tinha fugido – até que a culpa começa a consumir o jovem, afetando a boa relação que tinha com o pai. Simultaneamente, Wilfred passa a ter visões de Arlette – já em decomposição e corroída pelos ratos, que são uma constante na história – pela casa. Mas, resta a dúvida: o espírito de Arlette está, de fato, perseguindo o homem ou as aparições são apenas frutos de uma mente cada vez mais cheia de culpa?

Assim, “1992” se trata de um Stephen King clássico, no qual o espectador, gradativamente, sente a opressão que acomete as personagens ao longo do enredo com reviravoltas dignas do Mestre do Horror. Ou seja, é um filme que deve ser assistido tanto por fãs do escritor e quanto pelo público que não tem familiaridade com a extensa e diversificada obra de King, simplesmente por ser uma história boa, que prende a atenção do público do começo ao fim.

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