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A imensidão escura e confusa das profundezas do mar homenageia os clássicos do gênero

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Spielberg é o culpado pela fobia em massa de uma criatura marinha específica presente naqueles que viram o clássico Tubarão em 1975. Após o sucesso fenomenal deste blockbuster, muitas foram as produções inspiradas no mesmo. Um longa que parece ter perdido a moda do gênero assassino animal, é Medo Profundo que estreia mais de quarenta anos após o clássico de Spielberg. O suspense da Playarte Pictures, dá mais medo por anunciar logo no começo do filme que seus produtores executivos são Bob e Harvey Weinstein (um dos homens acusado por mais mulheres de assédio sexual em Hollywood), do que pela trama que apresenta.

O longa dirigido por Johannes Roberts conta a história das irmãs Lisa (Mandy Moore) e Kate (Claire Holt) que, de férias no México, ficam presas em uma gaiola de tubarões no equivalente a 15 andares de profundidade. Elas precisam lutar contra o tempo para permanecerem vivas, já que possuem apenas uma hora de oxigênio e tubarões rondando. As chances de sobreviverem se torna cada vez menores e os momentos de tensão aumentam a cada segundo.

O que poderia representar uma volta de clássicos com animais monstros tal qual crocodilos, anacondas, e serpentes já deleitaram o público por anos, acaba por não explorar muito a presença dos tubarões. Apesar de presentes e uma ameaça constante, o verdadeiro inimigo das irmãs é a falta de oxigênio e a profundidade em que se encontram, já que o rádio funciona a no máximo 40 metros de profundidade e elas estão sete a mais que isso. Por outro lado, os animais marinhos claramente foram construídos a partir de CGI, então, mostrá-los pouco poupa o estúdio de críticas a falta de recursos nessa parte.

O roteiro é também atribuído a Johannes Roberts e apesar de desafiante criar uma história em um cenário em que as personagens precisam economizar oxigênio evitando falar, elas falam como se esquecessem desse fato. A troca de ideias em momentos possivelmente fatais não é destacável, muito menos a reação de Mandy Moore a essas falas, exageradamente desesperada. Claire Holt ainda salva sua reputação com um papel mais calmo na situação de angústia.

Alguns jumpscares com tubarões no escuro não são mais assustadores, o que realmente pode provocar arrepios na espinha é a fobia conhecida como Talassofobia. Mais do que “medo de mar”, essa fobia é o medo do que não se pode ver nas profundezas do mesmo, e este filme faz um bom trabalho na apresentação da imensidão escura e confusa do que realmente é esse espaço.

A principal razão para esse filme ter chegado a circulação nacional é que uma continuação está sendo planejada. Nela, um grupo de mulheres que faz um passeio pelas exóticas ruínas subaquáticas do Recife, em Pernambuco, ficam presas a 48 metros de profundidade (em inglês o título original de seu predecessor é 47 metros para baixo). Apesar da profundidade a qual as mulheres se encontram, este é um filme raso, com roteiro fraco, mas que provoca agonia em momentos de tensão que envolvem a falta de ar e a incerteza de seus futuros.

Luana Feliciano
Luana Feliciano
Estudante de Jornalismo, ama escrever e meus filmes favoritos sempre me fazem chorar. Minhas séries preferidas são todas de comédia, e meus livros são meus filhos.

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