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Evidenciando discurso político e social, Maciel Salú lança seu quinto disco solo

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O compositor, cantor e rabequeiro Maciel Salú acaba de divulgar “Liberdade”, seu quinto álbum solo. Composto por 10 faixas autorais, todas produzidas por Hugo Linns, trabalho discursa sobre temas políticos e sociais.

Apoiado pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura PE), projeto é uma construção da maturidade, profissionalismo e visão de mundo do artista, promovendo um passeio sonoro sobre temas nada fáceis, mas atuais e relevantes. “Liberdade, com respeito e responsabilidade, é algo que deve ser direito de todo o ser humano. É isso que trago neste disco. Liberdade de falar o que é preciso, de gravar o que eu quero, do jeito que eu acho necessário, sem ninguém para impor limites. É um valor que deveria pertencer à vida de todos”, ressalta.

Já na abertura, “Labirinto” extrai poesia da violência espalhada pelo mundo. “Por causa da minha carreira, já viajei para muitos lugares e pude conhecer as mais diversas realidades, tanto aqui no Brasil, como no Senegal, Estados Unidos e em alguns países da Europa. Então, trago essa vivência da estrada e do que chega até a gente por meio das notícias e dos livros. Na música, digo para cruzarmos as fronteiras… Isso também é em relação ao desequilíbrio social, ao sofrimento, aos conflitos raciais, guerras e bombardeios. É deixar tudo isso para trás”.

Na sequência, a faixa-título “Liberdade” inspira-se no líder Nelson Mandela e, principalmente, em como ele, mesmo em meio a tanta injustiça, defendeu o respeito e priorizou o amor. Com influências do rock e pop, canção foi gravada com bateria, guitarra, baixo e rabeca. Essa última, vem crua e sem efeitos, mas bastante marcada. Para dar um peso extra na sonoridade, alfaia, gonguê e caracaxá. Em “Flor de Gardênia”, Maciel Salú canta, com ternura, para sua esposa. A regravação de “Machadeiro” relembra os tempos em que integrava a banda Chão e Chinelo.

Os versos “o farol iluminou, deu um claridão no mar, de longe avistei a sereia e vi mamãe Iemanjá” abrem caminhos para “Mãe do Mar”, com a participação especial de Juçara Marçal.  “Jurema” surge logo depois, reverenciando a entidade indígena que impulsiona uma das maiores tradições religiosas do nordeste. “Luiza” explora o lado mais leve do disco e homenageia a neta mais velha do cantor.

Incorporando poesia à música, “Realidade” conta com a colaboração de José Paes de Lira, mais conhecido como Lirinha. A letra, que exalta líderes negros como Bob Marley e Zumbi dos Palmares, alerta: “quem não conhece o passado, não sabe andar no presente”.

Em “Maracatu Sem Lei”, Maciel Salú revisita o ano de 2014. Na época, as sambadas de maracatu foram proibidas de acontecer até o dia raiar e foi preciso buscar o Ministério Público para reverter a situação.

Fechando o disco, o frevo “Chegou Pereira” celebra, com muita alegria e entusiamo, as festas de carnaval.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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