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Jurassic World: Reino Ameaçado debate sobre a coexistência

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Jurassic Park é um clássico de tamanha grandeza, que reforça na infância dentre muitas crianças a “fase de gostar de dinossauro”. Mas esse é um amor que não precisa necessariamente acabar na garotada. Jurassic World: Reino Ameaçado reavive a nostalgia do Parque dos Dinossauros traz uma nova aventura salpicada por questionamentos éticos e estrelada por Chris Pratt e Bryce Dallas Howard.

Quatro anos após os acontecimentos de Jurassic World, um vulcão prestes a entrar em erupção põe em risco a vida da ilha Nublar. No local não há mais qualquer presença humana, os dinossauros vivem livremente. Diante da situação, é preciso tomar uma decisão: deve se retornar à ilha para salvar os animais ou abandoná-los para uma nova extinção? Decidida a resgatá-los, Claire (Bryce Dallas Howard) convoca Owen (Chris Pratt) a retornar à ilha com ela, ao lado do jovem hacker Franklin (Justice Smith) e da estudante de paleontologia Zia (Daniella Pineda).

Quem convence Claire a entrar nesta jornada é Eli Mills (Rafe Spall), pupilo de Benjamin Lockwood (James Cromwell) a quem prometeu construir um santuário para os dinossauros viverem e sobreviverem naturalmente. No entanto, a “neta” de Benjamin, a pequena Maisie Lockwood (Isabella Sermon) é a primeira a descobrir que as intenções do empreendedor não são as mesmas que promete ao velho Lockwood e que nada ou ninguém ficará em seu caminho até que ele cumpra seu objetivo.

As obras da franquia Jurassic World sofrem da mesma síndrome que a saga Transformers, os humanos são a parte menos interessante em ambos. A presença de personagens humanos simplesmente está lá para tentar provocar uma identificação do “e se humanos e X coisa coexistissem?”, mas a realidade é que os dinossauros (e os robôs) são muito mais estimulantes que qualquer subplot, ou roteiro secundário, que tentem introduzir.

Por exemplo, o relacionamento de Owen e Claire pouco importa, o medo de Franklin por dinossauros apesar de trabalhar em uma ONG cujo objetivo é protege-los pouco instiga a curiosidade, o mesmo se pode dizer pela teimosia de Zia ou os laços familiares de Benjamin e Maisie. Todos são elementos da trama secundários comparados ao fim que tomarão os dinossauros. E este fim recai justamente nas mãos dos tão desinteressantes humanos, pautados em uma cena de julgamento ético, em que Jeff Goldblum defende a re-extinção dos animais.

Em uma escala menor que o primeiro, o enredo é simples, mas ainda assim divertido, e que funciona no âmbito do universo Jurassic World: Reino Ameaçado. No resgate das espécies, há muita correria e cenas que tentam tirar o fôlego do público. “Blue”, a velociraptor treinada por Owen continua a mais esperta de sua espécie e seu DNA será misturado ao de outros dinossauros para criar uma nova geração violenta que responde a comandos humanos, a fim de usá-la em combates e guerras. A ganância de Eli Mills no leilão ilegal dos dinossauros provoca mais perseguição, gritarias e mortes. É possível perceber que a obra se preocupa em não manter ninguém parado por tempo demais.

As atuações são medianas, o que realmente provoca a apatia do público é a “revelação final”, que deveria deixar o público pasmo, mas na realidade já era esperado no momento em que John Hammond, o idealizador do primeiro Jurassic Park resolveu “brincar de Deus” ao recriar DNAs, clonar espécies e des-extinguir dinossauros.

O velho clássico retorna novamente com uma pegada que parece patrocinada pelo PETA ou o Ibama, organizações de proteção aos animais. Ainda é uma aventura, o que automaticamente dá alguma curiosidade ao público querendo descobrir se a diversão é garantida ou se seus amados dinossauros ganham um novo final histórico, mas o que não convence é a tentativa de tornar a história dos humanos tão importante quanto a sobrevivência de animais extintos há milhões de anos cujas habilidades até hoje são incompreensíveis por completo. O público sai da sala com a certeza de que dinossauros são bem mais legais que humanos.

Luana Feliciano
Luana Feliciano
Estudante de Jornalismo, ama escrever e meus filmes favoritos sempre me fazem chorar. Minhas séries preferidas são todas de comédia, e meus livros são meus filhos.

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