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A Morte e Vida de Marsha P. Johnson: ícone do movimento LGBTQ+ contemporâneo, posou para Andy Warhol

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Um dos marcos da luta pela visibilidade LGBTQ+ na História Mundial foi a Revolta de Stonewall Inn, um bar em Nova York frequentado por gays, lésbicas, drag queens, travestis e pessoas trans que, na madrugada de 28 de junho de 1969, foi alvo de mais uma violenta batida policial. Cansados dos abusos cometidos pelos agentes da lei motivados por preconceito, os clientes se revoltaram naquela noite e o que começou como um ato de resistência à prisão terminou como um grande e caótico protesto que se espalhou por todo o bairro. E uma das pessoas que lideraram este momento histórico foi Marsha P. Johnson, uma drag queen negra e prostituta que chegou a modelar para Andy Warhol e se tornou um ícone do movimento LGBTQ+ contemporâneo.

Nascida sob o nome Malcolm Michaels no ano de 1945, Marsha era uma das principais figuras que circulavam pela região de Greenwich Village, bairro onde ficava localizado o Stonewall Inn e, com sua personalidade forte, irreverência e instinto protetor acerca dos jovens que chegam àquela área povoada por tipos marginalizados, acabou – de início, inconscientemente – se tornando uma das ativistas mais icônicas entre a comunidade LGBTQ+. E pode-se dizer que tudo isso começou efetivamente na Revolta de Stonewall.

Assim, em sua longa trajetória lutando pelos direitos das pessoas marginalizadas como ela, Marsha criou a Gay Liberation Front, uma das primeiras fundações do mundo a lutar pela diversidade, e foi uma das fundadoras da Street Transvestite Action Revolutionaries (S.T.A.R.), organização que oferece moradia a jovens LGBTQ+ em situação de rua – ação que ela já realizava mesmo antes da criação da S.T.A.R. Porém, em julho de 1992, poucos dias após a Parada do Orgulho Gay daquele ano, Marsha, então com 46 anos, foi encontrada morta no rio Hudson e, apesar de a história oficial atestar a causa da morte como suicídio, as reais circuntâncias da morte de Marsha nunca foram esclarecidas ou sequer investigadas.

Por isso, o documentário, de David France, celebra o legado deixado por Marsha ao longo de mais de 20 anos de trabalho como ativista, abordando também a vida de outras veteranas da Revolta de Stonewall, além de acompanhar a luta da ativista trans Victoria Cruz para reabrir o caso da morte de Marsha, o que expõe o longo histórico da invisibilidade trans, até mesmo dentro do próprio movimento LGBTQ+.

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