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Adaptação de Todo Dia, de David Levithan, é morna e suscetível ao erro

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Adaptação do livro de David Levithan, Todo Dia traz uma história original e divertida, porém cheia de ressalvas. O livro que fez sucesso mundo à fora, chega as telas com problemas de ritmo e um elenco mal aproveitado;

Rhiannon é uma  adolescente apaixonada por um dos atletas populares de sua escola, e acredita que ele é o grande amor da sua vida. Embora saiba que ele é uma pessoa fria e não amorosa, ela não estranha quando um Justin romântico aparece numa manhã. Pelo contrário, Rhiannon acredita que ele finalmente mudou.  O que a menina não imagina, é que Justin na verdade é outra pessoa.

‘A’ acorda todos os dias em um corpo diferente, sem variar muito a idade e o local de seu corpo anterior. Quando Rhiannon acorda naquela manhã, jamais imaginaria que o corpo de Justin estava sendo habitado por outra pessoa. Mas não pense nisso como algo mórbido ou típico de filmes de terror, possessão e exorcismo. Assim como o autor, o diretor Michael Sucsy tem o intuito de dar ao filme, uma história romântico e natural.  Na verdade, natural demais e sem sal. Falta tempero à direção e a montagem, os relacionamentos estabelecidos entre a protagonista e A são rasos e superficiais, o resultado pode até ser satisfatório, para alguns, mas a obra não convence pela falta de ritmo.

A naturalidade com a qual Rhiannon lida com o fato de ‘A’ existir chega a ser risível.  Ao mesmo tempo em que o relacionamento é bonito e puro, se torna superficial. É difícil acreditar nos sentimentos que ambos dizem estar sentindo.

A atriz Maria Bello, que interpreta a matriarca que provê o sustento da casa, é completamente subaproveitada, você nem lembra que ela faz parte do elenco. Pelas poucas cenas no filme e sem diálogos enriquecedores.

 “A” é interpretada por aproximadamente 15 atores que lhe corporificam apresentam desempenhos variáveis. Já Angourie Rice não imprime emoção, mesmo que que tente,  a protagonista apaixonada pelo intangível teria tudo para oferecer um personagem cheio de camadas e nuances, porém isso não acontece. A relação que a menina tem com a família é ignorado pelo roteiro, sendo praticamente jogado em torno o romance, simplesmente, falta  aprofundamento.

O maior problema do filme está na ausência de variação do ritmo. Do início ao fim parece que estamos seguindo uma linha horizontal, sem variações ou grande momentos de tirar o fôlego. O roteiro morno, quase frio, ele não instiga o espectador, que alias, já sabe o que irá acontecer.

 

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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