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Copy-Art celebra 80 anos com mostra inédita no Brasil

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O Rio de Janeiro é a primeira cidade da América do Sul a receber a mostra “Copy-Art Xerox Art / 80 Anos – Coleção Baudot”, a partir do dia 1º/9, sábado, no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, no Rio de Janeiro. A mostra celebra os 80 anos da Copy-Arte, um movimento artístico mundial, criado por pioneiros nos anos 60 e que tornou-se global nos anos 80, continuando na era digital. A curadoria da mostra internacional é de Alexandre Murucci.

Ao todo serão exibidas cerca de 300 obras de artistas consagrados. Serão expostos trabalhos dos artistas brasileiros Anna Bella Geiger, Paulo Bruscky, Hudinilson Jr., Josias Benedicto, Tiago Duarte, Tadeusz Zielowski, e também de artistas internacionais, como Paty Hill, Sonia Landy Sheridan, Sol Lewitt, Gil Wolman, Cejar, entre outros. No Brasil artistas com Anna Bella Geiger, Paulo Bruscky, Hudinilson e outros foram pioneiros na experimentação através de máquinas copiadoras. A celebração, que acontece também em várias cidades do mundo, é liderada pelo colecionador internacional Jean-Claude Baudot, com o apoio de Judith Cushman, e artistas de todo o mundo e muitos profissionais apoiaram entusiasticamente as atividades para comemorar este aniversário.

A Copy-Art, que também pode ser chamada Xerox-Arte, Electrostática-Arte, Xerografia, Copiografia ou Arte electrográfica, começou globalmente na década de 1960, a seguir a invenção da primeira copiadora xerográfica, totalmente automatizado em 1959. Logo, artistas plásticos tomam este novo meio para criar reproduções não só em papel, mas também em madeira, platina ou tecido. As obras podem se desenvolver em volume, sob a forma de colagem ou cair na categoria do que foi chamado de arte postal ou arte do livro.

E 2018 marca o 80º aniversário da primeira copiadora seca de Chester Carlson. A copiadora dos anos 60 e a arte gerada espontaneamente a partir de então, capturaram o espírito dos tempos. Compartilhar essas obras impressionantes que subitamente se tornaram meios de produção acessíveis a um público de massa, deu voz ao descontentamento e irreverência dos artistas. A máquina pemitiu arte que poderia ser feita e reproduzida facilmente. O seu potencial desencadeou experimentos nos Estados Unidos principalmente na área da Baía de São Francisco, em Paris, Rio, Itália, Espanha e Alemanha e suas mensagens não estruturadas e facilidade de uso tornaram-se uma ferramenta que refletia as culturas de seu tempo.

Na década de 1970, Pati Hill (presente na coleção de Jean-Claude Baudot) é uma das primeiras artistas a testar uma copiadora IBM, com trabalhos apresentados no Centro Pompidou de Paris e no Museu Stedelijk em Amsterdã. Em 1976, a galeria La Mama, San Francisco apoiou uma cena importante da Copy-Art, que então se espalhou pelo Japão, Canadá, Itália … Depois Charles Arnold e Wallace Berman, e um dos primeiros a ter mostras com a Copy-Art e muitas mulheres artistas como Carol Neiman Heifetz, Helen Chadwick ou Sonia Sheridan (também na coleção de Jean-Claude Baudot), também, seguindo por nomes como Tim Head, Evergon ou David Hockney, em grandes museus do mundo.

O Dictionary of Media Arts, por sua vez, iniciou esse movimento um pouco antes: “Geralmente distinguimos três gerações de copy art: 1950-1968, primeira geração (trabalho em preto e branco); 1968-1980, segunda geração (trabalho em cores e máquinas analógicas); 1980 e além, terceira geração (trabalho colorido e máquinas digitais).”

Segundo o teórico Christian Rigal, artista sob o nome Cejar, um dos mais importantes do movimento, a eletrofotografia, termo criado por ele, não é nem uma tecnologia nem uma técnica em si, mas o desvio de tecnologia, xerocopia, através do uso de técnicas específicas que chamou de: degeneração, manipulação pictórica, decomposição cromática, movimento simultâneo, cronoxerografia, pintura de luz, etc. Seu desenvolvimento permitiu se renovar ao longo dos tempos, integrando-se a pintura, escultura, fotografia, animação, quadrinhos, balé e até moda. A eletrografia também promoveu o advento de eventos interativos gráficos, adiantando a cultura digital de hoje. “

Serviço:
Copy-Art / Xerox Art 80 anos – Coleção Baudot
Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica (Rua Luís de Camões, 68 – Centro) – Rio de Janeiro Visitação: de 1º/9 a 20/10
Programação gratuita

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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