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Drama de época, Troca de Rainhas se prende a didática dos filmes do gênero

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Adaptação do livro histórico de Chantal Thomas, L’Echange des Princesses (2013), o longa Troca de Rainhas, se inicia no ano de 1721 quando para manter a paz entre França e Espanha, após a guerra, o Regente do Reino da França, Philippe d’Orléans, tem a ideia de realizar uma troca de princesas. Então, Philippe casa a filha, Mlle de Montpensier, de 12 anos, com o herdeiro do trono da Espanha,Louis, de 11 e Louis XV de 11 anos se casa com a Infanta da Espanha, Anna Maria Victoria, de 4 anos.

Parte do longa é totalmente burocrático, sem sentimentos, inclusive com uma fotografia sombria e solitária. Em alguns pouquíssimos momentos, principalmente para o final, a tela se clareia e mostra um clima mais ameno e de mais amor, mesmo que com fatos ruins.

O trabalho de arte e figurino, está totalmente impecável e acaba atraindo um pouco o espectador visualmente, já que a narrativa se transforma em algo cansativo e sem dinamismo. Mesmo que Chantal, não se mantenha totalmente fiel à história, as mirabolâncias inventam, não trazem muito aptidão pela história, exceto claro, aos amantes do gênero. Sem muita inovação, Troca de Rainhas, acaba passando na lista dos filmes que poderiam ser passados na escola, na aula de história para ilustrar uma matéria real.

Um dos assuntos abordados, dentro do enredo, é que dentro do pensamento da época, tudo era feito por Deus e pelas suas leis, de maneira que mesmo algo muito errado acontecendo, não havia problema, pois, Deus quis assim. Ou também, Deus os castigaria por não chegarem onde deveriam, ou não fazerem as coisas de forma que desce certo para tal pessoa.

Um bom ponto de pensar, é a idade das crianças que são incumbidas de governar um país, uma ideia totalmente abominável atualmente, era uma prática muito comum. Por mais estranho que possa esquecer, a maneira como que essas crianças se portam ao trono, vira quase uma crítica aos governantes atuais. Já que as mesma durante o filme citam o povo, e não se deixam influenciar por qualquer assunto.

A atriz mirim Juliane Lepoureau, esbanja carisma e fofura em sua atuação, porém, em alguns momentos, que o roteiro pede da mesma uma rigidez, a mudança ocorre perfeitamente, mostrando que pequena tem talento. Anamaria Vartolomei, encaixou perfeitamente no papel da princesa revoltada, com grandes olhares debochados, virada de olhos e risadas irônicas.

Mesmo não sendo muito inovador, L´Echange de Princesses traz grandes cenas, muito bem produzidas, com trabalho espetacular de luz, incorporação de cenário e figurino. Algumas cenas simbólicas que ajudam no entendimento, até mesmo a cena que às duas princesas se encontram e realizam a troca. Em um grande salão, com vários súditos ao redor.

 

Mariane Barcelos
Mariane Barcelos
Designer de Moda que não liga para tendência. Apaixonada por música e cinema. Colunista, critica de cinema e da vida dos outros também. Tudo em dobro por favor, inclusive café, pizza e cerveja.

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