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A Primeira Noite de Crime: Um filme politico sobre a desigualdade social

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Por Elaine Muharre

Atual. Político. Brutal. A Primeira Noite de Crime, quarto filme da franquia, explica como tudo começou. Quando os Novos Pais Fundadores da América (NFFA) ascendem ao poder eles precisam resolver o maior problema dos EUA: a criminalidade. Através de um experimento social incitam a população a expurgar toda a sua raiva em uma noite em que todos os tipos de crime são permitidos até assassinato. Para esse experimento a população de Staten Island é convidada a participar através da permanência na cidade durante toda as 12 horas como um estímulo, 5.000 dólares. Mas para aqueles que desejam participar mais ativamente os prêmios são maiores.

O novo filme é o mais político de todos pois realmente mostra que a desigualdade social é o real problema que o novo partido político precisa resolver. Os gastos do governo com a população mais carente tornam-se insuportáveis e o experimento criado pela psicóloga Dra. Updale (Marisa Tomei) aparece como uma solução para esse problema.

A princípio a forma com a população participa do experimento não é a esperada. Festas nas ruas, a Igreja como refúgio e apenas psicopatas saem para cometer crimes. Porém o experimento precisa dar certo para que seja vendido a todo país como uma forma de acabar com a criminalidade. Nesse momento, mercenários brancos contratados para eliminar a população carente (latinos e negros) são inseridos no experimento para tornar essa noite em um sucesso. O problema é que quando a população percebe o perigo resolve reagir e lutar.

Referências políticas tanto atuais como mais antigas estão presentes como uma forma de atrair o espectador e questionar se no mundo real uma noite dessa realmente existiria. Manifestações contra o governo, como a de Charlottesville, massacre na Igreja, como a de Charleston, homens vestidos dos pés à cabeça de branco, como a Ku Klux Klan e mercenários neo-nazistas.

A trama traz referências dos três primeiros filmes, que dessa vez são escancaradas mostrando que tudo é por causa de dinheiro, seja para os ricos poderem eliminar os pobres que está falindo o sistema seja para o pobre que precisa arriscar a vida quando um dinheiro “fácil” lhe é oferecido.

Porém, como um bom filme de ação não faltam os famosos clichês com uns toques realistas. O herói solitário é um traficante de drogas e a mocinha em perigo no início é uma ativista que luta contra o experimento. Os vilões são desde o usuário de drogas que todos conhecem até o calmo “soldado nazista” que espera a hora certa de atacar o herói. As tradicionais cenas de tiroteios ganham toques atuais com a participação dos drones que também foram usados no terceiro filme, mas que dessa vez estão com mais equipamentos.

O quarto longo escancara uma situação atual que estamos acompanhando diariamente pela televisão. A violência das grandes cidades faz com que a violência do filme não assuste tanto. Por isso a pergunta que fiz desde o primeiro filme continua valendo: E você participaria da Noite de Crime?

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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