Alfa: Uma aventura sobre amizade verdadeira

O cão é o melhor amigo do homem. Esta é uma das frases mais velhas que já se ouviu, mas para ter sido criada teve que ser iniciada, essa é justamente a premissa de Alfa, contar a história de amizade entre um cão e o seu dono. A trama se passa na Europa pré-histórica, 20.000 a.c. para ser exato, Keda (Kodi Smit-McPhee) é um jovem que acaba de ser nomeado um dos caçadores de sua tribo, porém sobre ele há um peso maior, já que é filho do chefe da tribo, Tau (Jóhannes Haukur Jóhannesson). Infelizmente, sua primeira caçada dá errado, e o garoto se separa do grupo. Ao ser atacado por uma alcateia de lobos, Keda cuida de um que feriu, e os dois criam uma amizade para voltar pra casa.

O roteiro de Albert Hughes é realmente muito simples, é a história de um garoto que quer voltar pra casa e tem como companheiro um lobo, fim. Mas isso não é um ponto negativo, ele cumpre tudo que promete. É um aventura divertida de se acompanhar, a relação entre homem e animal evoluindo, se tornando mais íntima. O menino, Kade, tem até certo carisma, mas Alfa é o centro. Em uma cena em específico, o lobo segue o menino, invocando aquela velha história: ele me seguiu até em casa, posso ficar com ele?

O maior elogio é a fotografia do longa, simplesmente magnífica, ele já te conquista na cena inicial. Há uma grande quantidade de cenários de CGI, que podem incomodar em cenas mais fechadas, todavia nos planos abertos é incrível. Takes incríveis da flora e da fauna da Europa pré-histórica, que dão a ideia da grandiosidade da natureza enquanto o homem ainda engatinha no seu domínio pelo mundo. A montagem também é outro ponto de destaque, principalmente quando se transmite a passagem de tempo.

Alfa é uma aventura leve e fácil de simpatizar com muita simplicidade em uma excelente produção.