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Livro Marina nada morena, de Vanessa Balula, trata de forma lúdica e poética situações delicadas na infância

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Marina, que de morena não tem nada – e ‘está longe de ser aquela Marina morena que se pintou’ da canção de Dorival Caymmi – “ela é ruiva. Tem as bochechas sardentas, mas o cabelo é assim meio cor de xarope”, conta autora logo na primeira página. Bastante curiosa e criativa, Marina, coleciona palavras, tem nomes prediletos, amigos imaginários e gosta de pensar histórias de nuvem para passar o tempo. É só meio filha única, só meio caçula… porque o pai da Marina antes de casar com a mãe da Marina, já tinha um filho, o Rafa.

Aos oito anos, seus pais se separaram, ela mudou de casa e não parecia se sair tão bem na escola; até que ganhou um melhor amigo para chamar de seu, o Lucas – assim seu mundo imaginário ganhou um céu de estrelas e muitas novas histórias para contar.

Mesmo com esse turbilhão de pensamentos comuns da idade, a escritora Vanessa Balula enfatiza que essa Marina é ‘bem diferente’. As peripécias dos personagens e o universo lúdico criado pela protagonista poderão ser conferidos no livro Marina nada morena, da Bolacha Maria Editora, primeira obra literária da autora, e que ganha seu lançamento no próximo dia 30 de setembro, às 11 horas, na Livraria Argumento, no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro.

A história, antes de ser lançada nas livrarias, pode também ser assistida em sua versão para o teatro. A adaptação para os palcos, feita também por Balula, está em cartaz no Teatro das Artes, na Gávea, até 28 de outubro, e tem direção de Ernesto Piccolo, com Mel Maia no papel da protagonista, e Cauê Campos como seu melhor amigo, o pequeno Lucas.

Ao longo da narrativa, Marina – que usa uma tiara de estrelas e adora tagarelar suas histórias, principalmente com seu novo melhor amigo Lucas, que veio do exterior para estudar em sua escola – passa por diversas situações e busca caminhos muito próprios para lidar com o que lhe parece difícil, como a separação dos pais, o afastamento do irmão, a mudança de casa, as notícias do mundo no jornal…

“Nada disso é fácil, mas ao longo da história ela vai criando e nos apresentando recursos emocionais para lidar e conviver de uma forma bacana com tudo isso. E mesmo quando tudo mais não é tão alegre quanto ela gostaria, ela arruma uma forma de passar a ser”, adianta a autora sobre a obra.

Sobre o Livro
A autora também assina o projeto gráfico ao lado do designer Reginaldo Barbosa. A busca da verdade e da vida no traço, determinou um desafio: o caminho a seguir pela ilustradora Taline Schubach – todas as ilustrações foram finalizadas tal e qual o primeiro esboço de cada desenho, feitas a lápis. Todos pontos de cor das ilustrações têm uma justificativa, recheados de simbologias. “Não tenho a pretensão de imaginar que cada referência ou intenção sejam compreendidas ou identificadas por todas as faixas etárias. Mas é gostoso pensar uma história e um livro que guarde surpresas e novas descobertas a cada leitura e a cada fase do leitor”, declara a autora.

Referências subliminares como o tênis azul da personagem protagonista, que remete à canção de Nando Reis, “Estranho é gostar tanto do seu all star azul”, cantarola. As entradas no texto de outras referências à MPB, à cultura popular, ao cinema, ao mundo tido como adulto como no verbete que traz versos do poeta português Almeida Garret… até o formato do livro que resgata e faz uma homenagem afetiva à edição de 1987 do livro “A Bolsa Amarela” de Lygia Bojunga, autora para quem é também dedicado o livro em companhia com outros artistas e autores da literatura infanto-juvenil – “para vocês que me comovem, me acolhem mesmo de longe e me fazem acreditar que o caminho é gerúndio e um céu de estrelas!”, dedica a autora.

Além de toda a magia do universo inventivo da Marina, o livro passeia pelas agruras da infância: não é fácil crescer. “Não à toa a Raquel da Bolsa Amarela de Lygia Bojunga escondia a vontade de não crescer, Marcia Kupstas escreveu Crescer é perigoso e Alice do Carroll não gostou nada de ficar brincando de estica e encolhe no País das Maravilhas. A Marina começa a viver, aos 8 anos, exatamente essa dualidade: é pequena para umas coisas e já grande para outras; as responsabilidades aumentaram dentro e fora da escola. Como equilibrar isso com todo aquele mundo de histórias e amigos imaginários que povoam a sua infância?”, comenta Vanessa Balula.

“A Marina passa por uma certa inadequação na escola. Ela gosta de estar lá, mas, no fundo, não tem muitos amigos e não se dá muito bem nas aulas. O Lucas – o novo aluno da turma – passa a ser sua tecla SAP com o mundo. É ele que traduz e filtra o mundo real para a Marina. Ele é o melhor companheiro e ouvinte das invencionices e pensamentos coloridos da Marina. Ela é muito curiosa e questionadora. Dona de um olhar muito particular sobre o mundo que a cerca e o que não gosta, não entende ou não sabe, reinventa. Cria outro para colocar no lugar. E é esse livre pensar sobre tudo e essa liberdade de expressão que cativa os adultos e proporciona uma identificação com as crianças”, explica Balula.

SERVIÇO
LANÇAMENTO – Marina nada morena
Dia: 30 de setembro, domingo às 11 horas
Livraria Argumento – rua Dias Ferreira, 147 – Leblon.
No lançamento a história será contada e cantada pelo artista Joel CostaMar.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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