Pé Pequeno: Animação retrata com louvor o preconceito

Trazendo uma linda mensagem sobre amor, igualdade, além da crítica social, Pé Pequeno chega aos cinemas para encantar as crianças e divertir os adultos.

Mesmo não sendo muito colorido como Divertida Mente ou Viva – A Vida é uma Festa, o visual das grandes montanhas do Himalaia, cobertas pela neve branca e fofinha causa um fascínio nas crianças, principalmente nos países tropicais como aqui no Brasil, esse fascínio é ainda maior, já que grande parte da população não conhece esse tipo de paisagem.

A perspectiva dessa animação é a visão dos Yetis, o tão conhecido Abominável Homem das Neves. Na história deles o Pé Pequeno, nós os homens, não existimos e um grupo de Yetis não acreditam nessa teoria. Depois de um acidente de avião, Migo um charmoso e fofo Yeti acaba conhecendo um Pé Pequeno e questiona todas as leis do seu povo.

Cheio de canções que conduzem a trama que facilitam o entendimento para os pequenos, o filme trata com delicadeza a representação dos Yetis, na sociedade. Com um certo ar de sobriedade, os Yetis são apresentados como uma sociedade tão racional ou até mais racional que a nossa porém, mesmo assim eles precisam se esconder por questões de preconceitos impostos culturalmente.

Extremamente detalhista, o universo dos Yetis é muito rico em vários pontos estruturais. Como o famoso Pé Grande também são quase todos brancos ou em tons pastéis, esses pontos mais coloridos não passam despercebidos.  Várias referências são encontradas de outras animações que também trazem no roteiro esse tipo de narrativa, como Planeta 51, Galinho Chicken Little e Mosntros S.A.

Um único ponto não positivo do filme, foi sua dublagem. Mesmo sendo muito bem executada, na hora das canções ela é alterada. Já que seus dubladores não cantam. Um ponto positivo da dublagem é a adaptação de termos e gírias brasileiras.

Super engraçado e divertido, Pé Pequeno é uma animação para toda a família.