Rose Byrne e Ethan Hawke em um drama romântico sobre a vida

Um romance caótico, baseado no livro de Nick Jornby ( autor de Um Grande Garoto e Alta fidelidade), traz uma comédia dramática discreta cuja modéstia é metade do seu charme. Juliet Nua e Crua é um drama romântico sobre a vida.

Annie (Rose Byrne) mora numa cidade pequena na Inglaterra e está presa em um relacionamento de longo prazo com Duncan (Chris O’Dowd) – um fã obsessivo do obscuro roqueiro Tucker Crowe (Ethan Hawke) – fato que a conquistou no inicio do relacionamento, porém nos dias atuais, se tornou o seu maior pesadelo. Duncan é o arquétipo perfeito de um abutre da cultura insuportável, um professor de cultura completamente obsessivo por um simbolo da juventude transviada, que sumiu repentinamente do show business. Quando uma fita demo (e rara) acústica do disco de sucesso de Tucker aparece, seu relacionamento, enfim será colocado à prova e promoverá um encontro de mudança de vida que inclui o próprio roqueiro, que resolve sair do seu próprio cativeiro  interior.

Com um enredo de fácil entendimento, com boas lições de vida, o filme tem muito a dizer de forma natural, gentil e autêntica. O diretor Jesse Peretz conduz a trama  sobre o renascimento do ser humano.

 Byrne está luminosa em cena! E a química com Hawke funciona com grande naturalidade. O filme cria um relacionamento para torcer, mesmo que esse casal não pudesse estar mais errado um para o outro. Juliet Nua e Crua é um filme  irritantemente errático, porém muito agradável.

Hawke assume bem o papel de um ex-roqueiro cheio de filhos pelo mundo e com o coração ferido. Alias, esse ponto faz uma ponte interessante ao deslizar pelo papel romântico ferido, é praticamente uma reminiscência da trilogia de Richard Linklater. Já  Chris O’Dowd traz um personagem que  é um tremendo chato de galocha, completamente irritante em seu comportamento.