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Bohemian Rhapsody: Biografia sobre Freddie Mercury desrespeita seu legado

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O filme biográfico que se concentra desde a formação da banda Queen até seis anos antes da morte de Freddie Mercury, traz Rami Malek (em grande atuação performática) no papel de Freddie Mercury, Joseph Mazello como John Deacon, Ben Hardy interpretando Roger Taylor e Gwilym Lee como Brian May.

Cabe à Malik carregar o filme, que conta com um roteiro desajustado e cheio de maneirismos. A obra que deveria ser uma homenagem à banda e à representatividade de Freddie Mecury na história da musica, não tem identificação em seu roteiro. Com fatos pontuais de sua história, o roteirista Anthony McCarten mistura (e muito mal) a existência de Farrokh Bulsara ao performático Freddie Mercury, a formação da banda é completada jogada, além de contar fatos apenas cruciais sobre o grupo e a criação de algumas músicas, assim o roteiro se perde completamente.

A direção de Bryan Singer também não ajuda! A montagem não conta essa história com o devido merecimento. O diretor repete a velha formula de cinebiografias, e é justamente isso, que Freddie não merece, nem a banda. Tanto Freddie, quanto a banda, merecem filmes distintos para contar suas histórias. Seus personagens são mal construídos, e isso inclui Mercury, que desde o inicio exala sexualidade. O dialogo com a noiva, Mary Austin é comovente, alias, a relação entre eles é lindíssima, porém muito mal explorada (uma pena!). A história de Freddie tem tantos pontos importantes que vai além dos fatos mal explorados nesta cinebiografia. A começar pela relação familiar, a construção do seu legado, a construção da persona exuberante que o abraçou por inteiro, a questão da doença e o descobrimento do verdadeiro amor com Jim Hutton. Singer simplesmente joga no lixo uma história que tinha tudo para ser uma obra prima. Os membros da banda só aparecem quando necessário, mesmo com boas atuações, o filme exige um trabalho de construção de seus personagens maiores. Mais uma vez, a história é jogada … ,  quando de repente, eles aparecem casados.

Conhecidos por suas performances extraordinárias e eletrizantes, tanto Freddie quanto a banda digna da realeza britânica do Rock, Queen inspira gerações pelas músicas icônicas, pelos figurinos glamourosos e icônicos que Mercury criava, pela representatividade no movimento LGBT e no movimento pelo combate contra a AIDS.

Destaque para as performances musicais, de tirar o fôlego, onde Malik  imprime um Mercury à altura de sua homenagem,  a direção de arte e os figurinos estonteantes que fizeram história.

 

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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