Venom: Um anti-herói com inspiração à um Clark Kent as avessas

Um Clark Kent avessas, você conseguiria imaginar isso? Pois é essa ideia que Venom passa. Eddie Brock é um jornalista fracassado que descobre um parasita real dentro de si, capaz de devorar literalmente o ser humano. Venom é o próprio anti-herói: “Uma coisa sem braços, sem pernas, sem rosto … rolando pela rua como uma bosta ao vento”.

 Em Venom, a origem do personagem é reescrita para omitir sua relação fundamental com o Homem-Aranha. Eddie Brock investiga o misterioso trabalho de um poderoso cientista da The Life Foundation, que é suspeito de utilizar cobaias humanas em experimentos mortais. Carlton Drake traz simbióticos para a Terra que devem se fundir com um hospedeiro humano perfeitamente compatível para sobreviver. Quando ele entra em contato com um simbionte alienígena, sua alma gêmea extraterrestre assume o controle do seu corpo. Assim, Eddie se torna Venom, uma máquina de matar incontrolável, que nem ele pode conter.  Essa fusão imbui Eddie com maior força e resiliência, mas também o deixa com um co-piloto tagarela e um apetite insaciável por presas vivas.

O enredo que tende à um tom cômico, traz uma trama simples e amarrada com referencias ao O Iluminado, alguns filmes de aliens e zumbis, ou se você preferir, Walking Dead.  O filme é divido em três atos: apresentação e contextualização do personagem, seus dilemas e o embate final, que alias, tem uma sequencia de câmeras e efeitos visuais sensacionais  envolvendo Venom/Eddie e Riot/Carlton Drake,sem dúvida, a melhor cena do filme.

Venom é o famoso cinema de entretenimento, com direito a violência. O diretor Ruben Fleischer descarta o lado sombrio da história e opta por um filme de ação (com sequencias de tirar o folego, mesmo que previsíveis) com timing cômico.