O Chamado do Mal: Terror promissor usa dos velhos clichês do gênero

Dirigido e roteirizado por Michael Winnick, O Chamado do Mal possui uma premissa muito promissora. Adam (Josh Stewart) e Lisa (Bojana Novakovic) começam um novo ciclo de suas vidas. Após o marido ser contratado por uma universidade, ele se muda com a esposa grávida para uma casa oferecida pelo corpo docente. Eis que ocorre uma tragédia, Lisa perde seu bebê, e a capacidade de ter filhos, algo causado por um fator nada comum, mas por uma entidade que se apossou do filho do casal antes mesmo dele nascer. Juntos eles devem lidar com está assombrando que cresce rapidamente.

Como dito antes, a premissa é muito interessante, apesar dos recursos de terror já batidos. Um objeto assombrado, uma casa gigantesca, um personagem que introduz o paranormal aos protagonistas. Mesmo com tudo isso de clichês, é possível relevar, até o primeiro susto. Depois desse jump scare inicial o diretor usa os mesmo movimentos de câmera e a mesma trilha, por vezes uma após a outra, exatamente iguais. Tudo que se torna monótono, e deixa de assustar, já que é possível prever quando os sustos vem.

Além disso, os personagens são muito fracos, e até gratuitos, sem razão parar estar ali. A irmã de Lisa, Becky, parece ter saído de As Patricinhas de Beverly Hills, no fim das contas só serve pra criar a assombração, e pra conclusão patética do final. As atuações são medianas, exceto a de Stewart, ele é totalmente inexpressivo o filme inteiro. Não importa se é em um momento de romance, terror, erótico, ele tem a mesma expressão de tédio em todas as cenas.

A entidade em si não assusta, já que a sua caracterização é ridícula, tanto que chega a ser cômica. O que é uma pena, pois o modos operante dela é bem interessante, ao possuir a alma do feto, ela passa a ser a filha do casal, se nutrindo do amor da mãe, e a protegendo. Apesar do potencial, a execução foi pífia, correndo no terceiro ato apenas para entregar uma conclusão boba.