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Tinta Bruta: Um retrato psicológico poético sobre a sexualidade

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O ambiente externo é capaz de curar o interno? Em Tinta Bruta, estamos diante de um jovem enclausurado dentro do seu próprio mundo.  Um retrato psicológico muito comum nos dias de hoje, mas a claustrofobia existente em Pedro, tem motivo. Ele é um jovem que tenta sobreviver em meio a um processo criminal. Sob o codinome Garoto Neon, Pedro se apresenta no escuro do seu quarto para milhares de anônimos ao redor do mundo, pela internet. Com o corpo coberto de tinta, ele realiza performances eróticas na frente da webcam. Ao descobrir que outro rapaz de sua cidade está copiando sua técnica, Pedro decide ir atrás do mesmo, assim se livrando de suas próprias amarras aos poucos.

O filme que mistura poesia sobre o escapismo das relações humanas se divide entre capítulos que discorrem sobre seus protagonistas. O voyeurismo toma o lugar do espectador que observa a relação de Pedro consigo mesmo.

Com um olhar psicodélico na sua estética, a obra é pluralmente contemporânea. A tinta neon é apenas o muro que esconde a sua angústia e a sua solidão. Pedro é um objetivo bruto em busca de lapidação e amor, muito amor. É um jovem abandonado por si mesmo desde que não se permite dividir suas dores e amores com a irmã e a avó, que mora longe, e não tem ideia do que acontece em sua vida. Tinta Bruta tem um olhar psicológico enorme sobre seu objeto em questão. Longe de mim, objetificar o ser humano, não é essa a questão, a questão é a transição e a aceitação de um homem sobre ele mesmo.

A direção de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon  não tem pudor. Cenas de sexo e erotismo são exploradas à vontade, com o intuito de mostrar a descoberta da sexualidade de dois jovens sobre seus corpos nus.

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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