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A Mula: Novo filme de Clint Eastwood conta a jornada de redenção de Earl Stone

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Baseado numa história real, que gerou o artigo do New York Times, “The Sinaloa Cartel´s 90-Year-Old Drug Mule”, escrito por Sam Dolnick, A Mula, novo filme do veterano Clint Eastwood, chega aos cinemas, em clima de despedida. É que Eastwood veem anunciando o sua aposentadoria nos últimos anos.  Em A Mula, Clint assume a direção e o protagonismo do filme, sendo sua primeira atuação desde Curvas da Vida.

Clint se mantem um dos melhores contadores de histórias de todos os tempos. Em A Mula, Earl Stone (Eastwood) é um veterano do exército americano que, ao voltar da guerra, se tornou um horticultor premiado. No entanto, quando Leo Sharp – o criminoso da vida real cujo nome foi mudado para Earl Stone no filme – tinha 87 anos de idade, um agente do DEA (Cooper) descobriu que ele também traficava drogas em nome do Castel de Sinaloa, no México. Sharp foi preso em 2011 e, apesar de seu advogado argumentar que ele não poderia ser preso por conta de sua idade e demência, foi condenado a dois anos de cadeia.

Com um quê de Gran Torino, A Mula é uma obra profunda, simples e magistralmente trabalhada. Desde seu roteiro adaptado, diálogos bem trabalhados, passando pela fotografia e o ótimo elenco em cena. Ocorre que de fato há semelhanças entre as obras, como a construção do protagonista, ambos veteranos de guerra, teimosos por natureza e com cicatrizes de batalha casualmente racistas. São características de um personagem que ele sabe interpretar.

Eastwood é minimalista e, em vez de basear-se no que veio antes, ele se distancia, reconhecendo que o aumento quase imperceptível de uma sobrancelha ou de uma discreta retração da boca é mais eficaz do que uma careta ou resmas de diálogo. E, francamente, com um personagem como esse, é melhor quando ele fica de boca fechada. Praticamente, todo mundo tem um parente como Earl, nunca sabendo que tipo de lixo politicamente incorreto ele vai vomitar, como quando ele se refere a uma gangue de lésbicas que andam de motocicleta pelo apelido que eles usam para si, ou quando tentar ajudar um casal de negros na estrada.

As mulheres do filme – Dianne Wiest, Alisson Eastwood (filha de Clint) e Taissa Farmiga – servem como o centro emocional à obra, estratégia muito usada em dramas do gênero, se é eficaz, sim, mas um é pouco fácil demais. A família de Earl existe basicamente para demonstrar o tipo de marido e pai que ele foi e que no fim da vida resolve provar que pode mudar.

A cereja do bolo é o elenco, onde Clint Eastwood volta a trabalhar com Bradley Cooper, com quem trabalhou em Sniper Americano.  Andy Garcia, Laurence Fishburne e Michael Peña também estão no elenco. Todos em ótimas atuações.

 

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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