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Documentário brasileiro entra na programação do MoMA

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Um Jardim Singular, filme de Monica Klemz, conquistou diversos prêmios nacionais e internacionais.

Documentário, que será exibido no MoMA no dia 23 de fevereiro, foi feito como trabalho universitário do curso de cinema da Estácio, sob supervisão de Francisco Malta, acaba de entrar na programação do MoMA, museu de arte moderna de Nova Iorque. O filme, que conta a relação do Palácio do Catete, no Rio, com as pessoas que transitam por ele, será exibido no dia 23 de fevereiro, durante o Doc Fortnight 2019: MoMA´s Festival of International Nonfiction Film. O trabalho de Monica Klemz impressiona pelas conquistas recentes, em festivais nacionais, como o 7º FECIN – Festival de TV e Cinema do Interior do Espírito Santo, e internacionais, como o London International Filmmaker Festival 2018 e o Amsterdam IFF 2018, entre outros (lista completa abaixo).

— Existe também uma memória pessoal, dos passeios que meu pai fazia comigo e minha irmã pelos vários parques e jardins do Rio de Janeiro. Um texto do Rem Koolhaas, que li, faz um questionamento se não seriam todas as grandes metrópoles como todos os grandes aeroportos, ou seja, todos eles iguais?. O filme lida com esse questionamento e deixa para o espectador a reflexão — explica Klemz.

Produzido em outubro de 2017, o filme aborda o ritmo de vida atual, com a globalização, e a consequente diminuição das relações interpessoais, que esvaziam os espaços públicos. Tudo se passa no jardim do Palácio do Catete, que nasceu no Brasil Império e é tombado como patrimônio histórico, mostrando como as pessoas interagem com ele e como o jardim se desdobra em múltiplas facetas. Além de Monica, participaram da produção Ricardo Aleixo, responsável pela cinematografia; Ricardo Bento, com som e mixagem; e Thiago Simas, com edição, efeito visual e cartaz. O professor supervisor e hoje coordenador do curso de cinema da Estácio, Francisco Malta, destaca a qualidade do documentário.

— Sempre ouvimos que o Brasil é um país sem memória, mas resgatar a memória é reviver o passado analisando o presente. Tudo parte de um olhar, uma escolha, assim como o cinema de Monica Klemz, que nos transporta para outro tempo, uma dimensão o qual nos faz respirar pela simples beleza de uma imagem refletida na água. São pequenos momentos acolhedores que na pressa de viver vamos deixando de lado e as flores vão perdendo o seu brilho, como o lado externo do jardim que estão poluídos por sons e cinzas. O jardim está lá no Palácio do Catete como um respiro para cidade. De frente para o casarão, com todas as suas lembranças, onde estão todos os móveis, todos os pesadelos, todos os pecados cometidos, onde o vento bate à porta e a abre para o mundo — destaca Francisco.

Recente levantamento sobre diversidade de gênero e raça nos lançamentos brasileiros de 2016, realizado pela Agência Nacional do Cinema – ANCINE –, mostra que homens brancos são responsáveis pela direção de 75,4% dos longas produzidos no Brasil desde 2016. Apenas 2,1% foram dirigidos por homens negros. Monica destaca também a diversidade de sua equipe na produção do documentário.

— Mulheres brancas representam apenas 19,7% na direção dos filmes. Tenho muito orgulho de fazer parte desse projeto e valorizo muito a representatividade no cinema nacional. Esperamos um maior equilíbrio nesses números nos próximos anos. Fomos premiados como melhor cinematografia em festivais de Londres e Amsterdam — conclui.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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