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Um Ato de Esperança: Emma Thompson discorre sobre religião e ciência, em filme sobre valores

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Com seu casamento com Jack em ruínas, a juíza Fiona Maye, proeminente membro da Alta Corte Britânica, tem em suas mãos uma decisão que pode mudar muitas vidas. Pelo poder que a justiça lhe concede, Fiona pode obrigar um garoto que está entre a vida e a morte a receber uma transfusão de sangue, um procedimento simples, que pode salvar sua vida. Entretanto, ele se recusa a receber o tratamento por motivos religiosos. Quebrando o protocolo, a juíza decide ir visitá-lo no hospital. Essa visita mudará para sempre não apenas sua perspectiva sobre a vida, como também despertará sentimentos que até então ela não se permitia experimentar.

Chegando ao Brasil com quase dois anos de atraso em relação à sua estreia no Festival de Toronto, a co-produção EUA/Inglaterra  aborda religião Versus Ciência. Baseado no romance de Ian McEwan, com direção de Richard Eyre (Notas Sobre um Escândalo), o longa segue o exaustivo trabalho da juíza britânica Fiona Maye (Thompson), cujos casos em sua maioria envolvem crianças, procedimentos médicos e seus pais ou familiares contrários a tais intervenções. Com o contraponto desta rotina, Maye não possui filhos – o que torna seus julgamentos mais racionais. Porém de família um caso que reúne  Testemunhas de Jeová, mexe com seus sentimentos de forma reveladora.

Diante da necessidade de escolher se um adolescente vive ou morre – ele e os pais, Testemunhas de Jeová, não aceitam o recebimento de uma doação de sangue que pode ajudar no árduo tratamento da leucemia –, a juíza exibe um comportamento claudicante, insignificantemente atrelado às suas intempéries matrimoniais.

Apostando numa narrativa cautelosa, Um Ato de Esperança reforça a discussão sobre o quanto um pode sobre o outro, em detrimento da ciência.

Emma Thompson sustenta o dilema da personagem com louvor! A habilidade da atriz  atravessa as incertezas, da narrativa e toma o filme para si, só. Mas por algum motivo, o roteiro e a direção não lhe favorecem, por conta do tom melodramático.

 

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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