- Publicidade -

Felipe Prazeres fala do convite e da criação do Nirvana In Concert

Publicado em:

Uma das bandas mais importantes dos anos 90 ganhou homenagem mais que especial no dia 25 de abril. O Nirvana In Concert apresentará no palco do Vivo Rio canções de toda a discografia do grupo americano em formato sinfônico com a Orquestra Johann Sebastian Rio. A apresentação marca 25 anos sem Kurt Cobain, que serão completos nesse ano.

 Gostaria de saber como foi o convite para esse projeto e como foi o processo de escolha do repertório? Você teve dificuldades na adaptação?
Felipe Prazeres – Foi do pro Vivo Rio. Uma casa que vem se diversificando na área musical.
Com relação ao repertório, foi em comum acordo. A adaptação cabe ao arranjador, né. O Ivan Zandonadi imaginou o repertorio para uma orquestra de cordas como a nossa. Mas o principal é que nada será mudado, a gente toca do jeito que ela é, a gente apenas acrescenta um novo colorido musical com novos timbres.

Você chegou a ter contato com algum integrante da banda para montar esse concerto? Aliás, qual a sua relação com as músicas do Nirvana?
Felipe Prazeres – Infelizmente, não. Sim! Com bandas antes do Nirvana, inclusive, até mais fortes, como Dire Straits e Scorpions.

A música de orquestra sempre foi considerada como erudita, clássica, de uns tempos para cá, obras de Pink Floyd, a própria trilha sonora de Star Wars, e agora Nirvana estão sendo adaptadas a um novo formato. Como você vê essa transformação? Seria uma forma de popularizar o gênero?
Felipe Prazeres – É musica de concerto, né, eu não gosto de falar desse termo erudito, por que ele assusta o publico, e parte do principio que é preciso ser erudito no assunto para poder curtir, porém isso não procede. Qualquer pessoa pode assistir um concerto.

A música de concerto foi criada também pelo tempo, no século 19 e 20, como algo mais elitista. Porém ela não nasceu disso, a música vem da Era renascentista, barroca, num período que se tocava em qualquer lugar, desde tabernas a castelos.
Sim, claro! É uma forma de popularizar e rever conceitos sobre a música de orquestra. As pessoas acham que a o organismo da orquestra está preso em determinado parte do tempo, mas não, uma orquestra é dinâmica, é a aberta a qualquer estilo, a qualquer possibilidade.

 O Nirvana foi um marco musical, seja para o rock ou para o grunge. Muitas bandas até hoje tem suas influências. Ele tem influencia também na música clássica?
Felipe Prazeres – Não, os encadeamentos harmônicos de qualquer banda, na verdade, existem desde o século 15, 16. Mas, eles utilizaram desses elementos harmônicos na forma deles de expressão.

O concerto marca 25 anos sem Kurt Cobain, quão transgressor é tocar suas músicas de forma instrumental?
Felipe Prazeres – É uma homenagem, não queremos ser transgressores. Eu acho que ele ficaria feliz.

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

Mais Notícias

Nossas Redes

2,459FansGostar
216SeguidoresSeguir
125InscritosInscrever
4.310 Seguidores
Seguir
- Publicidade -