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A Vida de Diane: Uma visão turbulenta sobre a memória, difícil de aceitar

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Diane (Mary Kay Place)  não enfermeira nem assistente social, embora dedique todos os seus dias a cuidar dos demais à sua volta. A tarefa não surge como fardo, nem prova da bondade, é apenas a sua rotina diária, que não lhe permite estar sozinha, por pura escolha. Ao longo de mais de noventa minutos, o espectador verá pouquíssimas imagens de Diane  sozinha. Ela está sempre cercada de pessoas, de dia até à noite.  A atriz que assume esse papel com louvor é soberba!

Escrito e dirigido por Kent Jones (com Martin Scorsese atuando como produtor executivo), A Vida de Diane é filme tenro, doloroso e bonito. Partindo de uma premissa simples, este drama se torna cada vez mais complexo em sua investigação social e psicológica, o enredo muitas vezes revelador sobre os estragos da velhice e quem irá cuidar de nós. O tom melancólico evita qualquer senso de espetáculo ou excepcionalidade. É um drama sobre a vida, como muitos outros já feitos.

Um dos principais méritos de Kent Jones é a abordagem naturalista, carinhosa de um melodrama um tanto caótico. O filme é consciente, em sua concepção, de uma maneira que os filmes quase nunca são. Jones faz um filme é majestoso, com uma visão turbulenta sobre a memória, juntamente com algo que nem sempre acompanhou a jornada desta geração até a velhice: um vislumbre de Deus.

A Vida de Diane é uma bonita obra, capaz de mexer com a expectativa de vida do expectador!

 

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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