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Felipe Haiut lança livro “A Garagem”

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A caminho de seu próprio chá de bebê, Bruna, grávida de sete meses, acidentalmente atropela um homem. A circunstância trágica coloca a humanidade de todos os envolvidos em xeque. De um lado, uma juventude que se acredita engajada em questões políticas, sociais e humanas, mas que não quer correr os riscos inerentes ao acontecimento, e, de outro, a vítima, um homem extremamente conservador, reacionário e violento.
Haiut cria uma dramaturgia que questiona a lógica entre opressor e oprimido, revelando as contradições ideológicas das personagens.

A ideia de “A Garagem” surgiu a partir do coletivo de teatro Nômada, que faz um trabalho de site-especfic ocupando lugares e cria dramaturgia para eles. A primeira peça foi realizada dentro de uma cozinha e, a segunda, em uma garagem. “O livro surgiu como um dilema ético. Ela traz à tona um momento específico do país. Coloca em cheque a inversão de valores, a relação entre opressor e oprimido, além de mostrar o que acontece quando nossos privilégios são ameaçados”, explica Hauit.

Para ele, escrever é uma forma de entender a realidade. “Em meio a esse turbilhão de emoções que as questões do nosso tempo causam, eu queria convidar o público a refletir e construir novos mundos possíveis. Escrever A Garagem foi a maneira que eu encontrei de ficcionalizar a realidade que a gente vive. Agora, acho importante conversar com outros dramaturgos para trocar experiências”, afirma o autor.

Por sentir falta de um espaço para encontros e trocas de experiências entre dramaturgos, Felipe Haiut decidiu aproveitar o lançamento de seu livro “A Garagem”, em São Paulo para reunir jovens dramaturgos. “É uma proposta para os dramaturgos e o público interessado em teatro trocar ideias e fugir da lógica predatória de sobrevivência desta selva que vivemos, onde nos desenvolvemos em bolhas criativas”, afirma Haiut.

O primeiro a ser convidado para participar da mesa foi o dramaturgo e amigo de longa data Rafa Gomes. Graduado em Cinema, Gomes é autor e diretor de audiovisual e teatro. Escreveu roteiros de episódios de séries de televisão, longas-metragens, e, na dramaturgia teatral, assinou oito espetáculos já encenados (Música para cortar os pulsos, Edukators, Mas por quê?! – A história de Elvis, Jacqueline, entre outros).

Após ler o livro Buraquinhos ou o vento é inimigo do Picumã (Editora Cobogó), de Jhonny Salaberg, Haiut ficou muito tocado. “Foi uma experiência profunda. Quis trocar com Jhonny sobre o papel da dramaturgia nos dias de hoje.”

Com a mesa quase fechada, Haiut sentiu a necessidade de uma voz feminina. “Não podia fazer esse encontro sem uma voz feminina no debate sobre dramaturgia. Foi quando me lembrei da Ana Kutner, me encantei pela peça Passarinho, também publicada em forma de livro pela Cobogó”, afirma Haiut.

Assim, a mesa se formou: Felipe Haiut, Ana Kutner, Jhonny Salaberg e Rafa Gomes. “Pensei numa mesa chamada Dramaturgia e memória, uma escrita que reflete o tempo. Isso porque me parece que, a partir das nossas experiências e a relação com a realidade, estamos criando uma espécie de arquivo coletivo que reflete o nosso tempo. As singularidades e os paralelos entre os textos/dramaturgos e suas relações com a realidade serão o ponto de partida para o encontro”, explica Haiut.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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