Invocação do Mal 2: Terror, dirigido por James Wan, foge dos clichês do gênero

Dizem que a maior arma do demônio é fazer com que acreditem que ele não existe. Este dizer se encaixa muito bem na continuação da obra de James Wan, Invocação do Mal 2. O filme traz de volta o casal de investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren, demonólogos famosos nos EUA, incluindo o conhecido caso do assassinatos em Amityville (referenciado neste filme). Lorraine ainda é vítima de visões com seres diabólicos, um em particular na verdade com a aparência de uma freira.

Do outro lado do Oceano Atlântico, a família Hodgson começa a ter experiências estranhas em sua casa. A segunda filha mais velha dos Hodgson, Janet, age de maneira estranha, mostrando sinais de possessão. O caso começa a gerar tanta repercussão que chega nos Warren.

Assim como seu antecessor, também dirigido por Wan, o filme é o gênero de terror que não utiliza o recurso clichê dos jumps scares, mas também aproveita outros elementos como a própria dúvida da existência de uma assombração. O grande diferencial é essa dinâmica que permeia toda obra, pois vemos que coisas bizarras estão acontecendo, ao passo que os personagens secundários, e até os Warren, acham explicações para os fatos.

Outro ponto muito divertido são o que pode ser o surgimento dos programas de investigação paranormal, aquele estilo sensacionalista que força a barra muitas vezes. O longa também expandiu ainda mais o que hoje se chama de The Conjuring Universe, uma série de filmes que são interligados com os dois Invocação do Mal (como Annabelle, e A Freira), spin offs que agregam muito bem aos filmes base, e que também são muito prazerosos, apesar de serem filmes de terror.

Ambos os atores do casal Warren, Vera Farmiga e Patrick Wilson, vem novamente com uma sintonia incrível, apesar de Farmiga dar um show de atuação nos dois filmes. A direção na filmagem de Wan sabe usar bem os planos, até cenas com partes desfocadas criando a ambientação perfeita do terror.