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Miguel de Almeida faz documentário sobre um dos maiores expoentes da arte contemporânea

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Em tempos de desvalorização e ataque à cultura, o diretor Miguel de Almeida traz para os cinemas um documentário sobre um dos maiores expoentes da arte contemporânea: Antônio José de Barros Carvalho e Mello Mourão. Nascido em Palmares, Pernambuco, no ano de 1952, Tunga, como ficou conhecido, era filho do jornalista e poeta Gerardo de Mello Mourão e de Léa Barros – que serviu de modelo para o quadro “As Gêmeas”, de Guignard -, e estudou Arquitetura e Urbanismo, mas foi nas artes plásticas que ele encontrou sua vocação.

 Tunga se tornou um dos nomes de maior peso do cenário artístico Nacional e, até mesmo, mundial, tornando-se o primeiro artista contemporâneo a expor no Museu Louvre, em Paris. Assim, ao longo de 73 minutos, o espectador assiste a depoimentos de diversas personalidades, como Miguel Rio Branco, Bernardo Paz, Murilo Salles e Arthur Omar, que contam o que foi Tunga, um dos responsáveis por atribuir um caráter internacional à arte brasileira, a qual, nos anos 70, já demonstrava anseios universais e não mais regionais apenas.

Com isso, o diretor aborda de forma imersiva esse processo de reconhecimento e aclamação internacional do trabalho de artistas brasileiros que levou a produção de Tunga até a Pirâmide do Louvre – local onde o longa se inicia. Desta forma, o documentário inicia um processo de investigação da vida do artista – porque a arte era a vida dele. E um dos acertos da produção é apontar o papel do pai de Tunga e seus ideais políticos e artísticos na formação e na carreira da personagem principal do filme.

Assim, o documentário Tunga – O Esquecimento da Paixão tem seu grande trunfo em, de forma direta e simples, apresentar, relembrar e desvendar um criador que tinha tantas camadas quanto sua arte, lançando luz – o começo de tudo – sobre essa existência e carreira tão intrigantes, pois, embora ele afirme que quem tem poder não é o artista, é a obra, porque o artista vai embora e a obra fica, Tunga foi um artista que transformou a própria vida em sua arte, e, sendo a arte eterna, ele também o é.

 

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