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Edu Lobo, Mauro Senise e Romero Lubambo lançam o CD Quase Memória

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Quase memória completa a trilogia que reuniu Edu Lobo, Romero Lubambo e Mauro Senise nos álbuns Todo sentimento e Dos Navegantes (Grammy Latino 2017). Além da faixa-título, o CD traz as inéditas Silêncio, Peregrina e Terra do Nunca, esta gravada uma única vez pelo Boca Livre. Quase memória foi composta por Edu quando leu o romance de Carlos Heitor Cony, muitos anos atrás. Na hora de escolher o repertório, a plena memória de Edu resgatou Quase memória para nomear o novo disco.

A pujança vocal do disco não intimida o instrumental, ao contrário, o instiga. Mauro Senise e Romero Lubambo, os outros protagonistas da trilogia, superam aqui suas atuações anteriores. Senise investe nas flautas em seis faixas, nos saxes em cinco. Na flauta baixo é soturno em O dono do lugar; saltitante em A terra do nunca. Na descritiva Canudos ataca com flauta e piccolo. E, em Lábia, é sua flauta que faz a solda entre a voz de Edu e a letra de Chico. Com o sax alto, Senise tem solos irretocáveis em Peregrina e Silêncio. Um detalhe de bastidor: a introdução de Mauro ao alto em As mesmas histórias mostra sua intimidade “siamesa” de trinta e cinco anos com Romero Lubambo. Além da abertura, os solos dos dois são impecáveis – ninguém diria que esta faixa foi gravada de primeira… Hábil tecelão das cordas, Lubambo cria com seus acordes e dedilhados uma rica tapeçaria sonora para o canto de Edu. É difícil escolher entre tanta beleza, mas não percam seus solos em A terra do nunca e Peregrina.

Dois convidados muito especiais abrilhantam a festa, A israelense Anat Cohen comparece com sua clarineta cool e brejeira em Lábia; e faz um belo solo bluesy na reflexiva Branca Dias. O acordeonista Kiko Horta ajuda a inventar o clima de fantasia em A terra do nunca; sublinha o canto de Edu em Senhora do Rio e injeta um clima de forró em Canudos. Bruno Aguilar, novamente, marca o álbum com o pulso firme do seu contrabaixo. Desta vez, o “núcleo duro” se abriu para receber ainda o baterista Jurim Moreira, em quatro das onze faixas, e o pianista Cristóvão Bastos, em seis. Cristóvão é um dos fieis da trilogia: é o autor da faixa-título Todo sentimento; e arranjou e tocou piano na inédita instrumental de Edu, Noturna, em Dos Navegantes.

É possível traduzir em música uma obra literária? Muita gente considera a tarefa impossível. Edu foi em frente e montou seu quebra-cabeças em três minutos e quarenta e um segundos, uma melodia lenta em atmosfera de modinha, com o piano de Cristóvão, o sax soprano de Mauro, o violão de Romero e o contrabaixo de Bruno. O resultado deverá se prestar a infindáveis discussões entre amantes da música e da literatura, mas Edu não está nem aí: este é o Quase memória que está na sua cabeça e ninguém vai tirar isso dele.

Serviço:
Lançamento CD Quase Memória
Datas: 19 (quarta-feira) e 20 (quinta-feira) de junho, às 21 horas
Local: Teatro XP Investimentos ( Av. Bartolomeu Mitre, 1110. Leblon )

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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