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Instituto Moreira Salles apresenta retrospectiva do cineasta francês Henri-Georges Clouzot

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Conhecido por seus filmes noir com tramas intrincadas, o cineasta francês Henri-Georges Clouzot (1907-1977) é tema de uma mostra no Instituto Moreira Salles. Realizada em parceira com o Institut Français e a Cinemateca da Embaixada da França no Brasil, a retrospectiva fica em cartaz no IMS Paulista, de 13 a 21 de junho, e depois segue para o IMS Rio, onde será exibida de 20 a 26 de junho.

A seleção inclui cinco filmes do diretor, em cópias restauradas em DCP: O assassino mora no 21 (1942), O salário do medo (1953), As diabólicas (1954), O mistério de Picasso (1955) e A verdade (1960). Também serão projetados dois filmes sobre a obra do cineasta: O escândalo Clouzot (2017), de Pierre-Henri Gibert, e O inferno de Henri-Georges Clouzot (2009), de Serge Bromberg e Ruxandra Medrea.

Em texto publicado na edição de junho da revista de cinema do IMS, o escritor Ismar Tirelli Neto analisa a obra de Clouzot: “Premiado em diversos festivais, responsável por alguns dos maiores sucessos de bilheteria da França, ele era um cineasta que trabalhava quase exclusivamente dentro dos estreitos limites colocados pelo thriller. Não à toa, tantos o reputam até hoje como o ‘Hitchcock francês’.”

Em O salário do medo, um dos seus títulos mais consagrados, Clouzot cria uma atmosfera de constante tensão ao narrar a jornada de quatro imigrantes europeus que precisam transportar dois caminhões carregados de nitroglicerina em um vilarejo da América Central. O longa-metragem recebeu o Grande Prêmio, no Festival de Cannes, e o Urso de Ouro, no festival de Berlim.

Protagonizado por Brigitte Bardot, A verdade conta a história de uma garota julgada por assassinato e mau comportamento. O longa-metragem, que venceu o Globo de Ouro na categoria de Filme Estrangeiro, foi escrito especialmente para Bardot. Em seu livro de memórias, a atriz critica a postura de Clouzot, conhecido por seu comportamento agressivo com atores, mas escolhe A verdade como seu filme favorito.

Para além do campo da ficção, o diretor produziu o documentário O mistério de Picasso, que acompanha o processo criativo do pintor espanhol. Picasso produziu 20 telas especialmente para o filme, e Clouzot acompanha a concepção de cada uma. Sobre o documentário, o próprio diretor afirmou: “Picasso e eu nos proibimos de qualquer tipo de corte, nos dois sentidos da palavra. A análise de desenhos e pinturas é uma análise cronológica, é a descrição dos padrões de pensamento do criador”.

Entre os títulos exibidos, estão também dois filmes que analisam aspectos da obra do cineasta francês. Em O escândalo Clouzot, Pierre-Henri Gibert aborda a controversa trajetória do artista, incluindo seu envolvimento, no começo de sua carreira, com a produtora Continental, chefiada por oficiais nazistas durante a Ocupação da França. Já no longa-metragem O inferno de Henri-Georges Clouzot, os diretores Serge Bromberg e Ruxandra Medrea recuperam os materiais filmados de L´enfer, projeto original de grande orçamento, que o cineasta nunca finalizou.

Exibindo um total de sete títulos, a retrospectiva reforça a relevância da obra do diretor. “Um dos mais notórios realizadores franceses dos anos anteriores ànouvelle vague, Clouzot teve filmes assistidos no mundo inteiro por espectadores ávidos de choque, tensão, violência”, afirma Ismar Tirelli Neto.

Serviço
Os filmes de Henri-Georges Clouzot
IMS Rio (Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea)
20 a 26 de junho

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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