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A história da Bossa Nova sob a lente do “Caminhos da Reportagem”

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Com a batida de seu violão e o estilo único de cantar, o músico João Gilberto inaugurou a Bossa Nova, celebrada até hoje em todo o mundo. No mês em que o pai do movimento saiu de cena, o “Caminhos da Reportagem” revê a história da Bossa Nova e mostra que essa música continua viva e em plena renovação no Brasil. O programa vai ao ar pela TV Brasil às 22h30 de terça-feira (23).

O programa conta com depoimentos de quem esteve ao lado de João Gilberto, Tom e Vinicius, como os músicos João Donato, Joyce Moreno e Wanda Sá. Também entrevista especialistas, como o escritor João Carlos Rodrigues, para quem alguns dos protagonistas da bossa nova não receberam a devida atenção.

Rodrigues assina a biografia “Johnny Alf: duas ou três coisas que você não sabe.” De acordo com o livro, há quem diga que a então nova batida teria vindo do piano do Johnny Alf, antes do violão de João Gilberto. Por não pertencer à turma da zona sul carioca, Johnny ficou à margem do sucesso de seus contemporâneos: “Ele era dez anos mais velho, pobre, preto, do subúrbio e gay”, afirma o autor. “Mesmo sendo o grande, o que vinha ser consultado, para opinar sobre as harmonias, ele não tinha o contato pessoal.”

Parceiro de Tom Jobim em músicas como “Desafinado” e “Samba de uma nota só”, também o músico Newton Mendonça permanece desconhecido do grande público. Para o biógrafo Marcelo Câmara, autor de “Caminhos cruzados: a vida e a música de Newton Mendonça”, ele deveria ser celebrado como o mais importante compositor da bossa nova: “Mais importante pela ousadia, pela transgressão, pela novidade. Ele foi experimental e autor dos clássicos junto com Tom e também sozinho”, destaca.

Das mulheres que cantaram a bossa nova, apenas Nara Leão, musa do movimento, recebeu o devido destaque. As mais famosas reuniões de amigos, que deram à bossa a alcunha de “música de apartamento”, aconteciam em sua sala, no bairro de Copacabana.

Nara passou a abordar questões sociais em sua música ao se aproximar de sambistas como Cartola, Zé Keti e Nelson Cavaquinho. Essa maior preocupação social é marca da chamada segunda geração da bossa, que trouxe para o movimento a diversidade de sons do país.

Serviço:
Caminhos da Reportagem: Outras Histórias de Bossa Nova
Terça-feira, 23 de julho, às 22h30, na TV Brasil.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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