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“ALICE – Debaixo da terra mora minha mente soterrada” no Teatro Carlos Gomes

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 Inspirados nas obras “Alice no País das Maravilhas” e “Alice Através do Espelho”; e nos relatos sobre Lewis Carroll e sua curiosa relação com a personagem-título, o BAK Artes Performativas desenvolve um trabalho onde os temas da violência, do medo e da infância formam o principal eixo para a composição do espetáculo.

Alice se desenvolve numa atmosfera sensorial e dinâmica onde movimento, som e imagens compõem uma dramaturgia fragmentada, conduzindo o público ao universo lúdico, mas também, tenebroso da infância.

Em sua dramaturgia fragmentada, o espetáculo traz como protagonista uma adolescente que vive sob os cuidados de sua família. Mãe, pai, irmão e madrinha tratam a menina com excesso de zelo e preocupação sobre o “mundo lá fora” que, segundo eles, é perigoso demais para pessoas como ela.

Num dia comum, Alice desperta de um pesadelo e ouve sua família aos gritos, tentando acordá-la para ir à escola. A partir deste momento, Alice vai enfrentando obstáculos que a colocam o tempo inteiro em questão sobre quem é, apresentando os conflitos de uma menina cujo corpo transita – talvez rápido demais – da infância à vida adulta. Os temas do medo, da infância e da violência formam o principal eixo para a composição do espetáculo. Ao longo do seu dia, um homem some e aparece em seu caminho diversas vezes. Ora oferecendo presentes e cuidados, ora querendo fotografá-la. Mas Alice não aceita, pois não gosta do que vê quando se olha no espelho. Se acha gorda, feia, não gosta da cor da sua pele e nem do próprio cabelo; apresentando possíveis distúrbios de autoimagem e uma inclinação a transtornos alimentares. Sendo assim, acha que ninguém se interessaria em fotografá-la de verdade, desconfiando das verdadeiras intenções daquele homem velho e enigmático. Em alguns momentos, este homem – uma alusão a Lewis Carroll, pseudônimo utilizado por Charles Lutwidge Dodgson, autor de Alice no País das Maravilhas – insiste em convidar Alice para “A hora do chá”, tradição britânica utilizada como metáfora para um mundo mais racional, concreto e hostil, onde geralmente morrem os sonhos e as fantasias da infância. A Mãe de Alice também insiste em fazê-la tomar o chá, reforçando a ideia de tentar trazê-la, o mais breve possível, ao que julga ser o verdadeiro mundo real. A partir disso, diversos acontecimentos – que vão da morte de seu “gato invisível” a um episódio de estupro – apresentam Alice a este “mundo real”, produzindo nela medo e, consequentemente, um desejo incessante de fugir. Enquanto tenta escapar, Alice se depara com seus próprios fantasmas, passando a questionar se esse mundo seria realmente o País das Maravilhas.

SERVIÇO
“ALICE – Debaixo da terra mora minha mente soterrada” no Teatro Carlos Gomes
Local: Teatro Municipal Carlos Gomes
Datas: De 22/08 a 01/09
Horários: De Quinta a Domingo – 19h
Duração: 55 minutos
Classificação Etária: 16 anos

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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