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Exposição conjunta das artistas visuais Luiza Scarpa e Camila Marchon chega à Ble Galeria

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Admiradoras mútuas das obras de cada uma, as artistas visuais Camila Marchon e Luiza Scarpa vinham, há tempos, ensaiando uma reunião de seus trabalhos, lado a lado, por causa da similitude dos temas abordados. Assim, permeiam a mostra “Corpo Fechado” aspectos relacionados à morte e voracidade, ao desejo, medo e ansiedade no universo feminino .

“Medo de Não Acordar Amanhã” – vídeo de Camila já exibido no Anarko Lab Festival, em Nova York, e também no Korea Queer Film Festival, em Seul, na Coreia do Sul -, e as 11 telas de Luiza, divididas em colagens analógicas, técnicas mistas e tinta acrílica compõem a mostra cuja abertura acontece no dia 27 de julho na Ble Galeria e Arte, em Botafogo.

Para a ocasião, Camila levará a oficina “Construindo”, com selfies de diversas partes de seu corpo, que vem clicando ao longo dos anos, divididas em recortes, para que o público possa interagir com as imagens, formando com papel, cola, lápis de cor, novas possibilidades. Os trabalhos feitos a partir dessas montagens também serão expostos na galeria.

“Quando as pessoas olhavam as minhas fotografias, elas perguntavam se tinham que botar uma luva, se podiam encostar nas fotos sem nenhuma proteção. Eu não via problema, claro que podiam encostar e pegar. Sempre gostei que as pessoas tivessem contato físico com o meu trabalho. Queria mesmo que elas me tocassem e passassem por mim de alguma forma, formando quem eu sou”, explica Camila, que já teve vídeos exibidos em mostras em Hong Kong, Bilbao, na Espanha, Egito e Venezuela e diversas capitais brasileiras .

Autodidata, Luiza, que já integrou a coletiva “Oníricas” e a individual “Recorte”, começou a pintar há seis anos, a partir de uma necessidade de expressar aquilo que nas palavras não encontrava. “Os trabalhos são resultado de reflexões com muitas camadas e texturas variadas. As telas refletem experimentações, acertos e erros, assim como é a vida”, diz.

Entre as obras escolhidas para a exposição, Luiza destaca a série “Destroços”: “É sobre a violência que a mulher abusada sofre, da desmontagem forçada do feminino a partir da invasão física e psíquica que todas vivemos diariamente. São telas em que utilizo meu próprio corpo como ferramenta de trabalho, a fim não só de demarcar meus destroços, mas também para enaltecer que nos pedaços destroçados há um sujeito que cria. Com esse trabalho, procuro provocar o espectador com o questionamento: “O que você faz com os destroços que fizeram de você?. Aqui, nosso corpo está fechado, protegido pela arte.”

Serviço:
“Corpo Fechado”
Ble Galeria e Arte (Rua Dezenove de Fevereiro, 184 – Botafogo)
Período: 27 de julho a 3 de agosto
Horário de funcionamento da galeria: das 12h às 20h, de seg. a sab.
Entrada Franca

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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