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Vanessa da Mata fala sobre novo álbum “Quando Deixamos Nossos Beijos na Esquina”

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Por Claudio Verdugo

Vanessa da Mata lançou o álbum “Quando Deixamos Nossos Beijos na Esquina”, o primeiro disco inteiramente produzido pela cantora ,que conta com a participação do rapper baiano Baco Exu do Blues.

Abençoada  por Chico César e Maria Bethânia, Vanessa  traz em “Quando Deixamos Nossos Beijos na Esquina”, sétimo álbum de estúdio, seus achados poéticos e melodias intuitivas.

Após um hiato de quase 5 anos, você retorna com seu novo álbum de estúdio, qual é a importância dessa pausa na sua carreira e como ela influenciou na criação de seu disco novo?
Vanessa da Mata – Na verdade não houve esse hiato, eu não fiquei parada. Eu fiz o DVD “Caixinha de Música”, que foi um projeto prazeroso e trabalhoso demais pois, para mim, DVD é mais desgastante que álbum. E teve “Delicadeza”, que também que era outro show. Os trabalhos foram completamente diferentes, mas acho que nesse novo disco eu fiquei mais livre para fazer e para criar. Tive mais liberdade mesmo. Eu sempre acreditei que eu pudesse fazer algo assim, com produção própria. Senti que essa era a hora. “Quando Deixamos Nossos Beijos Na Esquina” é o disco mais autoral de todos. E mesmo assim o fiz em dois meses e meio, que é um tempo relativamente curto para produções assim.

Este é o primeiro disco em que você também atua como produtora, o que muda para você ao assumir essa posição?
Vanessa da Mata – A verdade é que muda tudo. São muitos desafios, além de não ter a praticidade de um produtor dizendo que tal música não está pronta, que não precisa mais gravar o vocal, dizendo para tirar essa guitarra e colocar a outra, assim por diante. São muitas situações. Mas eu acho que o maior desafio, para mim, foi não tocar instrumento e ter que dirigir o João Barone, Davi Moraes e os meninos que já tocam comigo. O fato de não saber tocar foi muito difícil.

Você está sempre atenta a novos nomes da cena nacional para colaborar. O quão importante é para você dar espaço a novos artistas?
Vanessa da Mata – Eu cresci em um lugar onde tive o privilégio de ouvir vários ritmos de vários cantos do Brasil. Eu amo a música nacional, rap como Emicida, por exemplo. Existem tantos rappers despontando também, não só os que já estão aí. Cada artista traz sua colaboração e imprime seu estilo. Isso é importante e bom em todos os sentidos.

 Qual foi a inspiração para criação do seu novo disco quanto sonoridade?
Vanessa da Mata – Bom, eu sou grande fã da música afro. “Quando Deixamos Nossos Beijos na Esquina” é um disco cheio de ritmo, um disco muito brasileiro, cheio de brasilidades e influências africanas. Também houve inspiração romântica, como em “Só Você e Eu”. Tem o reggae, que eu sempre usei na minha carreira. Eu fico inclusive entediada quando escuto um disco inteiro de um ritmo só, que tenha a mesma cara, acho chato. Mas isso é uma coisa minha, porque aprendi a ouvir vários ritmos e gosto dessa variedade. Acho isso sinônimo de vida.

 A faixa título “Quando Deixamos Nossos Beijos na Esquina” trata da falta de cuidado com o outro, você acha que essa faixa se faz presente pelo atual momento em nosso país?
Vanessa da Mata – Com certeza, essa música retrata muito bem o nosso momento. Não só a canção título, acho que o disco inteiro é um pedido de amor. O diálogo precisa existir, as pessoas precisam entender que o outro é o outro, que a opinião é um direito e que esse direito não é uma ofensa pessoal. Precisamos excluir preconceitos, a ignorância e as primitividades. Que a gente consiga ter uma relação mais justa, protegendo o diferente.

 Na faixa “Tenha Dó de Mim” você canta com Baco Exu do Blues, uma grande revelação recente do rap nacional, como foi esse encontro?
Vanessa da Mata – A parceria com o Baco Exu foi totalmente espontânea. Eu gostei muito do show dele. Ele me impressionou muito nas letras, na juventude dele, em como ele já tem isso maduro dentro de si, de sabe o que quer e nas brincadeiras de ser um rapper diferente. Ele também tem um discurso político interessante, fortalecedor e bastante empreendedor, necessário. Nos conhecemos através de um amigo. Quando eu chamei Baco para a música no disco, ele aceitou na hora. Ele quis fazer e imediatamente fomos para o estúdio. A minha parte já estava pronta, ele acrescentou a parte masculina que eu gostei muito. O resultado final é o que está ai. Essa parceria me agradou muito!

Fotos Rodolfo Magalhães

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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