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Meu nome é Daniel: Documentário feito em primeira pessoa revisita passado do diretor

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Daniel Gonçalves é nascido em Barra Mansa, interior do estado do Rio de Janeiro, e desde pequeno descobriu que era diferente da maioria das pessoas. Daniel tem uma deficiência que afeta sua coordenação motora, desde criança frequentou diferentes médicos e nunca conseguiu um diagnóstico exato sobre sua condição.

Em 2014, Daniel dirigiu um curta-metragem que idealizava como seria sua vida sem a deficiência, o filme viralizou nas redes sociais e ele decidiu, a partir disso, produzir um longa que contasse toda a sua trajetória, desde quando nasceu até os dias atuais. Daniel, aproveitando que iria novamente em busca de um diagnóstico, resolveu utilizar isso como ponto de partida do filme, que conta toda sua dificuldade em descobrir o que ele realmente possui.

O filme é um documentário feito em primeira pessoa, escrito, dirigido, produzido e estrelado por Daniel. Com muitas imagens de arquivo, o diretor resolve revisitar seu passado, com direito a fotos e vídeos de sua família antes e depois do seu nascimento, de suas relações de amizade com outras crianças e de como foi após sua mãe perceber que ele possuía algum tipo de deficiência, além, é claro, da busca incessante por respostas e tratamentos.

Daniel escolhe por contar a sua história de uma forma não heroica, humanizando seus sentimentos e colocando em tela fatos que outras pessoas não estão acostumadas a ver em narrativas parecidas; o filme não é sobre um homem que venceu e se tornou bem-sucedido apesar de uma deficiência, o filme é sobre um homem deficiente lutando, todos os dias, para se encaixar, para ser como qualquer outra pessoa e para não verem ele como uma vítima. Daniel se coloca com medo, com orgulho, com raiva, com alegria, não se demoniza, nem se engrandece, apenas o mostra como realmente é.

Apesar de ser um documentário com um ritmo bem lento e que não seja uma obra plausível de agradar o grande público, ainda é um filme com uma imensa representação, que mostra que uma pessoa com deficiência não é só capaz de estrelar um filme, como também é capaz de fazer um filme. Mesmo que a ideia original do autor seja de mostrar sua história, o crescimento de obras com esse cunho é extremamente importante para o cinema e para a sociedade no geral, que carece de produtos que contemplem e representem todos os seus consumidores, não importa quem sejam.

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