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Biografia de Wilson Simonal chega ao Now e ao Vivo Play

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O longa Simonal segue basicamente a estrutura clássica deste estilo de filme – ascensão, queda e redenção -, adota uma abordagem diferente da tradicional, focando na razão pela qual um ídolo nacional passou a ser execrado pelo público, recebendo o perdão e voltando ao sucesso apenas após sua morte.

Wilson Simonal foi um dos grandes nomes da música brasileira, principalmente entre as décadas de 1960 e 1970, inclusive apresentando programas de sucesso nas TVs Tupi e Record. ‘Simonal’ relembra toda essa trajetória, do começo ao estrelato, na estreia na direção de um longa-metragem para Leonardo Domingues (montador de filmes como ‘Nise: O Coração da Loucura’). O roteiro tem o mérito de conseguir reunir os principais momentos da biografia do músico sem cair no excesso, e a atuação de Fabrício Boliveira (‘Faroeste Caboclo’) no papel-título merece elogios. Tudo isso, claro, embalado pelas canções do artista.

O roteiro se desenrola progressivamente até chegar a pontos como o questionamento acerca do tipo de música cantada por Simonal, que apesar de nunca ter se envolvido com política, era um dos maiores ícones dos anos 70, mas, enquanto outros artistas de renome gravavam composições contra a ditadura, ele estava “cantando ‘País Tropical’” – fato ressaltado e questionado em uma excelente cena de reencontro entre o cantor e Moran. Contudo, a despeito de sua alienação política, o roteiro destaca a consciência de Simonal sobre a negritude e os efeitos sofridos por ela em um país que, na época, acreditava no mito da Democracia Racial – e é exatamente esta noção, somada à sua admiração por Martin Luther King, sua arrogância e irresponsabilidade financeira que faz o músico ir de ídolo nacional a inimigo #1 do público. Aliás, o longa faz um excelente trabalho ao mostrar o papel do racismo da queda do cantor – afinal, o público e a mídia também “viraram a cara” para Elis (que aparece brevemente no terceiro ato) após uma acusação injusta, mas por que ela foi perdoada e Simonal não foi?

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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