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Kursk: A Última Missão – Produção de Luc Besson retrata vergonha e incapacidade do governo russo pós queda da URSS

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O K-141 Kursk, foi um submarino nuclear da Classe Oscar II, pertencente à Marinha Russa que afundou no Mar de Barents , em 12 de Agosto de 2000, com uma tripulação de 118 homens. Durante essa época a Rússia ainda se recuperava da dissolução da União Soviética, vendendo tudo que podia, atrasando pagamentos e ainda assim tentando manter sua soberania. A história se foca em Mikhail Averin, interpretado por Matthias Schonearts, que é um dos supervisores dentro de setor no submarino. E ele lidera os sobreviventes do Kursk, pelo menos até o resgate chegar.

Essa tentativa acima de tentar resumir o filme foi muito rasa porque é difícil de explicar, porque a tragédia histórica é simples, já o drama humano, não. O filme começa no enquadramento clássico de 4:3, onde só se mostra a vida cotidiana dos personagens, um meio de conectá-los ao público, o que funciona muito bem. O roteiro de Robert Rodat consegue criar o mínimo de importância a esses personagens para que a experiência terrível que eles viriam a passar tivessem ainda mais impacto. Essa primeira sequência é adorável, pois mostra a luta das pessoas tentando sobreviver, seus momentos íntimos de família e juntos em comemoração. Pautadas por excelentes corais em russo que são pontuais e que terão enorme impacto no final. Quando o submarino zarpa a tela abre na panorâmica padrão, mostrando que o filme começou de verdade.

Tomando liberdade para citar Mikhail Gorbachev (ex-presidente da União Soviética) na série da HBO, “Chernobyl: Nosso poder vem da percepção do nosso poder”. Ou seja, a URSS, no caso do filme, a Russia, só tem poder se demonstrar que tem. E pelo visto eles não aprenderam com Chernobyl, pois foi uma bomba nuclear que causou a explosão inicial para que a destruição do submarino fosse deflagrada. É uma série de preparações falhas em tudo que a marinha russa estavam fazendo, parecendo que nada vai dar certo. Como diz o almirante Grudzinsky no filme “é tentar fazer o impossível com o inapropriado”. Do outro lado da mesa há o personagem de Colin Firth, o comodoro David Russell, que junto com outras nações também descobre o naufrágio do submarino. Russel lidera as forças estrangeiras da Inglaterra e Noruega que ofereceram ajuda imediatamente, porém sendo recusadas pelo governo russo, porque a embarcação continha segredos de estado que eles não aceitariam abrir mão.

A direção de Thomas Vinderberg foi fundamental para complementar o peso e a precisão do roteiro. Usando a mudança na proporção da câmera que foi citada, e criando cenas que literalmente prendem a respiração. Em específico uma cena de mergulho que tem pouquíssimos cortes, quase sendo um imenso plano sequência, e que começa totalmente sem trilha sonora, apenas com o som embaixo da água, mas a medida que o grau de urgência e a tensão crescem, a trilha aparece e a respiração fica presa.

O filme, Kursk: A Última Missão, nem de muito longe é um drama leve, é sobre a história real de 118 homens que morreram por orgulho tolo de sua nação, cuja as mortes logo completaram 20 anos, assim como os 71 filhos que deixaram para trás terão que viver com a dor de que o mar revindicou os corpos de seus pais, e que a Mãe Russia traiu sua confiança.

Foto: divulgação Paris Filmes

 

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