“Infinito Interno” traz memórias adiantadas desse momento que estamos vivendo.

“Que saudade do futuro”. Não existe frase que melhor representa o novo álbum do grupo 3030, produzido durante todo o período de quarentena. “Infinito Interno” traz 15 canções que vão ao encontro do que há de mais profundo do nosso sentimento, da nossa introspecção e do nosso isolamento obrigatório. São memórias adiantadas desse momento que estamos vivendo, e que ficarão cravadas no espaço-tempo a partir de 1° de agosto.

Voltando às suas origens, de Arraial d’Ajuda com a pitada cosmopolita do Rio de Janeiro, Bruno Chelles, LK e Rod trazem o álbum que melhor sintetiza os 10 anos de carreira do grupo – com os versos livres do rap, com a brasilidade do álbum “Tropicália” e com as sonoridades do pop que marcam as suas músicas mais recentes. Os singles “Lunar”, “Oração” e “Céu” já adiantaram um pouco do que será esse trabalho de espiritualidade, fé e meditação. Mas só um pouco.

Na mesma sintonia, “Oxalá”, “Maré”, “Faya”, “Universo a Meu Favor” e “Laskhmi” também são músicas de cunho espiritual e, certamente, de viagem ao nosso infinito interno. Já “Celesta” transporta o ouvinte para o grupo 3030 de 2015, trazendo a voz-bandeira do Rod “pronto para operar a cena do rap de novo”. E “Tempo de Se Amar” e “Todo Santo Dia” trazem a riqueza de nossa cultura com sonoridades que vão de Jorge Ben, Caetano Veloso e Gilberto Gil a Leo Gandelman.

Aliás, o álbum também dá outra profundidade ao estilo love song que é marca registrada do grupo. “Alma de Cigana” e “Hipnose” trazem versos consistentes sobre amor e relacionamento em tempos de relações líquidas. Por fim, “Liberdade” é um reggae legítimo com a participação do Ponto de Equilíbrio. Além disso, “Fé” conta com a participação há muito esperada do rapper Rael, que também tem navegado por versos positivos e esperançosos em meio à pandemia. Inegavelmente, já é sucesso!