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The Post, com Tom Hanks e Meryl Streep, relembra o papel do jornalismo politico

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The Post é um filme essencial sobre o jornalismo.

Baseado em fatos reais, The Post, disponível na Netflix, conta a história de Ben Bradlee (Tom Hanks) e Kat Graham (Meryl Streep), editores do The Washington Post, recebem um enorme estudo detalhado sobre o controverso papel dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã e enfrentam de tudo para publicar os bombásticos documentos.

 O filme leva às telas as mentiras da Casa Branca sobre a Guerra do Vietnã. Meryl Streep e Tom Hanks são apenas os protagonistas de uma narrativa escandalosa com atuações brilhantes!

Com direção de Steven Spielberg, The Post conta com um roteiro linear, e, certamente convencional, com um determinado proposito. O enredo se passa em um período, onde as mudanças e as manifestações do movimento Hippie se faziam necessárias, mas ainda não aconteciam, de fato. Tal escolha da narrativa se encaixa perfeitamente com a linha do tempo vivida. Aliás, Spielberg carrega drama e suspense na medida certa, apresentando grandes reviravoltas, com uma trilha sonora impecável.

Além disso, a Guerra do Vietnã é colocada apenas como pano de fundo nessa história, onde o principal é a repressão do governo contra o trabalho da imprensa, numa tentativa de incriminar os jornalistas de fazerem o seu trabalho.

As mortes de Martin Luther King e Bob Kennedy já esquentavam o clima de tensão entre os conservadores e liberais, o que foi só o começo, já que a insatisfação pioraria com a eleição de Richard Nixon. The Post  tem o intuito de relembrar o papel do jornalismo politico.

The Post é um filme essencial não só à história americana, mais também do jornalismo. O filme não só defende a primeira emenda americana, como também coloca em questão a importância de Katherine Graham, editora do Washington Post, na história do jornalismo.

O filme fala da importância do papel da imprensa, hoje mais do que nunca, onde o passado nunca foi tão atual. Além disso, ao final, o filme ainda faz a ligação com o escândalo de Watergate.

 A fotografia e a linguagem de câmera se complementam num drama politico, inteiramente conduzido por um diretor, que tem como a sua marca registrada filmes históricos (Lincoln, A lista de Schindler, Cavalo de Guerra, O Resgate do Soldado Ryan).

 

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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