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Mulher-Maravilha 1984 é mais que entretenimento

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Patty Jenkins demonstra que a super heroína da DC Comics é digna de grandes blockbusters.

Um dos filmes mais esperados do ano, Mulher-Maravilha 1984, enfim, chegou ao cinemas! Aliás, para começar, Mulher-Maravilha 1984 é muito mais do que um filme sobre super heróis, é um filme sobre seres humanos, que faz muito bem uso da trilha sonora ao edificar os feitos de suas personagens. Além disso, a trilha sonora tem um papel importante na trama, quando Diana encontra seu propósito.

A narrativa tem como norte o conto macabro “A pata do macaco” (de W. W. Jacobs, 1902), em que um desejo concedido vem com um enorme preço a ser pago. Isso vai acarretar em graves consequências em escala mundial, assim colocando a existência da humanidade em xeque. É justamente nesse ponto que a diretora Patty Jenkins fala de fracassos, instrumento muito falado dentro da Psicologia.

A busca por referências do passado, é de fato, obvia, afinal o filme se passa no inicio da década de 80. É uma viagem nostálgica nos figurinos da época, com pochetes, polainas e collants. Aliás, a partir dai começamos a ver o contraste das cores do filme também na fotografia, que faz uso de grandes nuances em seu enredo. Você pode reparar como as cores vão mudando desde o inicio do filme, onde tudo abrange um colorido esfuziante, no decorrer da trama, enquanto a fotografia que conduz o super vilão do filme trabalha de outra forma, inclusive, fazendo uso do olhar que Pedro Pascal imprime em Maxwell Lord. Aliás, o confronto final entre ele e a Mulher-Maravilha tem um novo contraponto na fotografia, fazendo da escuridão um elemento essencial para a trama.

Mulher-Maravilha 1984A diretora Patty Jenkins, no fim das contas, demonstra que a super heroína da DC Comics é digna de grandes blockbusters. Nas mãos da diretora, Mulher- Maravilha 1984 se torna algo maior, porém seguindo a premissa do longa anterior, é um grande filme de amor que requer sacrifícios de um casal apaixonado por um bem maior. Além disso, o filme não foi lançado em dezembro à toa, ele também é um típico filme de Natal, com até uma certa representatividade bíblica, com a boa mensagem direcionada a humanidade.

A super-heroína feminista mais popular da história dos quadrinhos foi criada em 1941, tem representado com eficácia essa busca de direitos equânimes entre mulheres e homens. E é justamente esse espírito que a diretora e corroteirista Patty Jenkins vem resgatando com a franquia.

Algumas cenas merecem destaque como Steve descobrindo os anos 80 e a batalha épica dentro da Casa Branca, entre a Mulher Maravilha e a Mulher Leopardo, que aliás, foi uma grande surpresa. Kristen Wiig incorporou a personagem com tudo que tem direito!

 

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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