- Publicidade -

Zezé Motta lança “Negritude”, projeto de sambas, nas plataformas digitais

Publicado em:

Cantora, atriz, ativista, com 54 de carreira, Zezé Motta lançou 14 discos esteve em 35 novelas e mais de 55 filmes.

Foto: Jardiel Carvalho

A voz poderosa de Zezé Motta ecoa na história da música brasileira há muito tempo, aliás, desde os  anos 70, quando Zezé gravou o primeiro disco solo em que compositores do porte de Rita Lee e Moraes Moreira entregaram canções inéditas para ela gravar. Além disso, a voz da artista imortalizou clássicos como “Trocando em Miúdos”, de Chico Buarque e Francis Hime, e “Pecado Original”, de Caetano Veloso.

De 1975 a 79, lançou três LP’s, um deles foi o “Negritude”, disco lançado pela Warner Music Brasil, que trouxe na voz de Zezé canções de João de Aquino, Aldir Blanc, João Bosco, Wilson Moreira e Ney Lopes, Rosinha de Valença e Maria Bethânia, Paulo Cesar Feital, Tunai e outros compositores. Nos anos 80, lançou mais três trabalhos como cantora: “Dengo”, “Frágil Força” e, com Paulo Moura, Djalma Correia e Jorge Degas, “Quarteto Negro”. E não parou por aí. Apresentou-se, representando o Brasil, a convite do Itamaraty, em Hannover (Alemanha), no Carnegie Hall de Nova York (EUA), França, Venezuela, México, Chile, Argentina, Angola e Portugal.

Para celebrar este período e trajetória na cena musical, “Negritude” chega hoje em todas as plataformas digitais.

“Desde o começo, a Warner queria que eu gravasse samba. Mas eu não queria ser rotulada de sambista. Nada contra, mas eu queria ser livre para cantar vários gêneros. E era também uma atitude política por perceber que queriam me pregar esse rótulo pelo fato de eu ser negra. Eu estava numa fase de militância mais radical e criei essa resistência. Mas para o segundo LP, que foi o ‘Negritude’, realmente me convenceram de que eu estava vendendo abaixo do esperado e que seria interessante tentar o caminho sugerido por eles”.

Ela completa, “Eu não podia botar a militante à frente da artista e topei fazer um disco de sambas. Então foi a vez da companhia promover uma feijoada na casa do Sérgio Amaral para o pessoal do samba. Compareceram: Martinho da Vila, Monarco, Padeirinho, João Bosco, Manacéa, Wilson Moreira, Ney Lopes. Uma turma de bambas. E assim saiu o disco”, afirma a artista.

Saudada como a mais importante atriz-cantora do país, Zezé Motta durante os mais de 50 anos de carreira, rompe barreiras e coloca no centro da cena artística nacional as múltiplas dimensões do protagonismo feminino e negro em tela. O imenso talento e carreira da artista inspiram atuais e futuras gerações de mulheres que lutam por expressão, espaço e oportunidade.

Rota Cult
Rota Cult
Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

Mais Notícias

Nossas Redes

2,459FansGostar
216SeguidoresSeguir
125InscritosInscrever
3.870 Seguidores
Seguir
- Publicidade -