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“#MadalenaSemFiltro” foi idealizado para ser transmitido no formato on-line

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Uma mulher conhece um homem e eles começam a namorar. Tudo vai bem até que uma crise de ciúmes desencadeia uma série de agressões e Madalena resolve assumir o protagonismo de sua própria vida. A história narrada é o enredo da peça “#MadalenaSemFiltro”, de Lays Ariozi, mas poderia ser a de uma amiga, uma vizinha, de inúmeras outras mulheres brasileiras.

Os casos de feminicídio no país aumentaram 2% durante a pandemia. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 90% das mulheres foram mortas pelo companheiro ou pelo ex. No espetáculo, a artista leva para a cena a história de uma mulher contemporânea, atriz de sucesso e youtuber, que encarna as lutas das mulheres por igualdade, reconhecimento, respeito e sororidade, em contraposição ao patriarcalismo, ao machismo, ao feminicídio e à misoginia.

“Madalena nos representa de forma genuína, revelando o amor, a potência do feminino e a força de gerações de mulheres que lutam por reconhecimento e justiça. Acredito que a arte tem uma função social e como atriz me sinto na obrigação de dar o meu melhor para o mundo. Meu objetivo com esse espetáculo é também trazer um pouco de esperança e empoderamento em tempos tão difíceis. É uma honra ter a oportunidade de SER e ESTAR aqui, de ter o meu lar como palco principal e realizar esse projeto junto com uma equipe maravilhosa que produz com garra, amor e propósito! Agradeço ao Rodrigo Alvarez pela parceria e confiança e ao público que nos receberá.”, comenta Lays.

Criada por Lays Ariozi e o jornalista Rodrigo Alvarez em 2021, a montagem foi pensada para ser encenada em formato digital, com a utilização de cenas ao vivo e gravadas, causando um impacto ainda maior ao espectador do outro lado da tela. Todas as cenas gravadas foram realizadas com o mínimo de pessoas necessárias no set, respeitando todos os protocolos de prevenção à Covid-19. O espetáculo é um exemplo de resiliência cultural em tempos de pandemia, quando a teatro presencial precisou se reinventar, criando uma nova linguagem.

A estreia acontece no dia 22 de abril, com apresentações até o dia 25, no Youtube ‘Antimatéria’, de Alvarez. O acesso será feito através da compra de ingressos conscientes (de R﹩0 a R﹩50), que estão disponíveis no site da Sympla.

Com roteiro, direção e atuação de Lays Ariozi, a ideia do espetáculo surgiu após a artista fazer a leitura do livro homônimo de Rodrigo Alvarez, que apresenta um texto atual em que Maria Madalena ressurge em um tocante depoimento em primeira pessoa e revisita suas lutas e sua relação com Jesus Cristo, mostrando-se indignada com as injustiças que sofreu.

“Quando Lays me procurou querendo fazer uma peça baseada no meu livro sobre Maria Madalena, não tive dúvidas de que era um projeto pertinente, relevante e atualíssimo. Penso que, em grande parte, é isso o que esperamos da ARTE! Acabei me envolvendo e me tornando cocriador, ao lado da própria Lays que se mostrou uma profissional dos palcos com mil e uma qualidades. Penso que mulheres e homens vão ver na peça um entretenimento libertador; ao mesmo tempo uma catarse e uma reflexão sobre os rumos da nossa sociedade”, afirma Rodrigo.

O monólogo de Lays também traz a história de Madalena, mas não a apóstola. A Madalena da peça é uma mulher contemporânea, atriz, que tem um relacionamento com Pedro, também ator, e ambos fazem parte da mesma companhia teatral. Durante o processo de ensaio para o novo espetáculo, Pedro potencializa seu ciúme doentio por Madalena e no auge de suas crises agride verbal, moral e fisicamente a companheira. Prestes a protagonizar uma das produções mais esperadas em todo o país, Madalena precisa tomar uma decisão importante que pode mudar o rumo de sua vida: escolher seguir o seu grande sonho e brilhar no palco ou respeitar a sua dignidade enquanto mulher.
A narrativa é apresentada em dois tempos: passado (no início da crise sanitária causada pela Covid-19) e presente (que na peça acontece no ano de 2023). As dores vividas pela personagem – término traumático, agressão, machismo no ambiente profissional – agravadas pela solidão do isolamento social levam Madalena a criar um diário digital, onde passa a compartilhar suas angústias, sonhos e anseios.

O roteiro desenvolve uma conexão com a Maria Madalena conhecida hoje por apóstola de Jesus e para muitos como a primeira feminista da história, mas que durante séculos foi desprezada e vista como prostituta.

O monólogo conta com trilha sonora original composta por Max Viana, direção de fotografia e edição das cenas gravadas de Tomás Ribas. No dia 23/04, sexta-feira, a sessão será acessível e contará com uma intérprete de Libras.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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