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Itaú Cultural homenageia Nelson Sargento, é extenso o verbete sobre o músico na Enciclopédia Itaú Cultural

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Nelson Sargento deixou gravado histórias sobre o amigo Cartola em depoimentos.

O Itaú Cultural lamenta a morte do compositor, cantor, artista visual, escritor e ator Nelson Sargento (1924-2021), nesta quinta-feira, 27 de maio, e o homenageia em seu site, relembrando suas participações na programação da instituição. O público pode acessar a vídeos, no canal do Youtube do IC, gravados com ele para a Ocupação Cartola, realizada em 2016, com quem aprendeu a tocar violão e foi parceiro de composições. O site da Enciclopédia Itaú Cultural também tem amplo material sobre ele e sua obra, acessível no site.

Apelidado de filósofo do samba, com mais de 60 anos de carreira, Sargento fez sua última apresentação no Itaú Cultural, desta vez no site, em novembro do ano passado, no Festival Arte como Respiro – Edição Música.

“O legado que Nelson Sargento nos deixa é infinitamente estelar para a música brasileira. Ele foi se juntar ao seu brilhante amigo Cartola, mas este patrimônio cultural inestimável fica entre nós e é importante cuidá-lo. Faz parte da memória da nossa música”, diz Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural.

“Como esquecer, por exemplo de sambas como “Velho Estácio” que eles compuseram juntos? Ou A Mangueira É Muito Grande, cuja segunda parte construíram com Ataliba?”, continua ele. “Penso nestas músicas, nesse momento, porque fizeram parte de um depoimento que Nelson nos deu quando fizemos a “Ocupação Cartola”, mas lembro também de “Agoniza e não morre”, “De Boteco em Boteco”, “Vai dizer para ela”. A obra de Nelson Sargento é gigante e imortal.”

Em um dos vídeos que gravou para esta Ocupação dedicada ao amigo Cartola, ele falou sobre o jeito dele fazer samba e analisou as mudanças do gênero dentro das escolas. Segundo o compositor, o samba que Cartola fazia na Mangueira, era o mesmo que compunha na Portela e no Salgueiro. “Cartola me disse uma vez: eu faço samba para as pessoas ouvirem calmamente”, contou Sargento. “Mas as coisas mudam. Tenho a impressão que o início disso foi quando a classe média começou a invadir as escolas de samba, porque a noite carioca foi caindo”, falou. “Eles descobriram que estas escolas eram um espetáculo grátis, do bom, e foram. Hoje em dia, só se canta samba-enredo lá dentro, não se canta mais samba de terreiro”, explicou.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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