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Itaú Cultural inaugura em seu site, a coluna mensal Grande Angular

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No dia 26 de maio, o Itaú Cultural inaugura em seu site, a coluna mensal Grande Angular, focada em aproximar profissionais de cinema e o público.

A a coluna mensal Grande Angular combina análises e entrevistas que debatem a presença da mulher nas produções cinematográficas no Brasil e no exterior, a publicação é assinada pela jornalista e criadora do site Mulher no Cinema, Luísa Pécora.

O objetivo da coluna Grande Angular é mostrar que as realizadoras devem ter as mesmas oportunidades e a mesma liberdade dos cineastas homens para realizar qualquer tipo de projeto. Luísa abre sua coluna chamando a atenção para a cerimonia do Oscar 2021, que premiou, pela segunda vez em sua história, uma cineasta mulher na categoria Melhor Direção. Com Nomadland, a cineasta chinesa Chloé Zhao subiu ao palco para se tornar não só a segunda mulher, mas também a primeira asiática e a primeira não branca a vencer na categoria. Lembrando que a primeira foi a americana Kathryn Bigelow, em 2010, com a realização de Guerra ao terror.

“Foi justamente o Oscar para Kathryn que me levou a prestar atenção no tema. Quando ela ganhou, já faz 11 anos, muito se falou sobre a desigualdade de gênero no cinema e os efeitos que a sub-representação nas telas pode ter na sociedade”, conta a jornalista.

Em um texto repleto de números e índices, ela demonstra que o avanço da representatividade feminina na indústria cinematográfica ainda é tímido. Os números de filmes dirigidos por mulheres indicam que, apesar de algum crescimento, tanto nos Estados Unidos, quanto na Europa e, ainda mais, no Brasil, as cineastas ainda têm pouca presença neste universo.

 Acompanhando pesquisas do Grupo de Estudo Multidisciplinar de Ação Afirmativa (Gemaa), ligado à Universidade do Rio de Janeiro (Uerj), Luísa também demonstra que entre os filmes nacionais lançados entre 1970 e 2016, vistos por mais de 500 mil espectadores, nenhum foi dirigido ou roteirizado por mulheres negras. Além disso, mulheres brancas representaram 36% dos elencos principais, enquanto mulheres negras ficaram em 2%.

“Essa reunião de dados aponta para duas conclusões iniciais: a desigualdade de gênero e raça não é exclusiva de nenhum país ou cinematografia e o caminho ainda é longo”, observa a jornalista. “Isso não significa, porém, que não exista razão para otimismo”, aponta ela nesta sua primeira coluna. “Nos últimos seis anos, o debate sobre igualdade de gênero e raça se fortaleceu muito no país, ganhando espaço tanto na imprensa quanto nas redes sociais. Questões como disparidade salarial e assédio, antes mantidas a portas fechadas, se tornaram mais públicas”, completa.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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