Jup do Bairro lança “Sinfonia do Corpo”, com curta-clipe

“Era um espaço vazio, quase nada se encontrava ali…”. É assim que Jup do Bairro inicia sua “Sinfonia do Corpo”, já nas principais plataformas digitais. A canção também ganhou um curta-clipe novinho em folha e já está no YouTube.

Com produção musical assinada por BADSISTA, “Sinfonia do Corpo” é a primeira música nova lançada por Jup do Bairro em 2021, em quase um ano depois da estreia de seu EP “CORPO SEM JUÍZO”.

No curta-clipe da track, Jup do Bairro se monta como drag queen, nos apresentando à Sonya 3000000, “uma artista sonhadora, humilde e muito talentosa. Acorda cedo e passa o dia se arrumando para a sua apresentação online, em que não entra ninguém. Eu já senti isso, às vezes ainda sinto. As artistas independentes passam por um turbilhão de situações que as frustram: a falta de apoio, verba, estrutura… e mesmo assim, se maquiam, se vestem e preparam o melhor de si”, destaca Jup.

A produção audiovisual foi feita por ela em parceria com outros artistas independentes do Capão Redondo, onde a artista nasceu, cresceu e vive até hoje. A direção foi assinada pela própria Jup em parceria com Isac Oliveira e a direção de fotografia por Valdinei Souza. A beleza é de Natasha Princess. E Jup celebra demais essa equipe: “Volto ao meu gueto, ao meu lar, hoje, podendo montar uma equipe local e os fortalecendo financeiramente”.

“Acredito que essa faixa é uma de minhas composições mais viscerais (literalmente). É uma viagem filosófica ao meu corpo e como o entendo. Entre dores e delícias, como podemos projetar o futuro se o presente é incerto? Como continuar caminhando mesmo com tanta dificuldade? Se existe morte em vida, podemos encontrar vida na morte? Eu não sei. Gravei essa voz no fim do ano passado, em um único rec e não quis gravar novamente. Sinto minha voz emocionada quando ouvi de fato o que eu estava falando. Vocês me conheceram por fora, agora quero me expor por dentro”, relata Jup sobre a letra de “Sinfonia do Corpo”.

“Sinfonia do Corpo” é também, por sua vez, uma convocação de Jup ao esforço de cada pessoa que a escuta. Um ombro amigo que não fantasia finais felizes mágicos, mas que também não abre mão de agradecer e registrar a beleza das pequenas batalhas que travamos todos os dias.