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“PANÇA” reflete sobre a circulação e o consumo de notícias no mundo atual

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Com dramaturgia e direção de Cecilia Ripoll, o espetáculo “PANÇA”, que estreia dia 1º de julho no Teatro Arthur Azevedo, constrói uma fábula para tratar da reprodutibilidade da notícia e das falhas da comunicação humana. Quais os efeitos que o poder de circular ideias pelo mundo gera na sociedade?

Com estrutura cômica e farsesca, a peça acompanha a história de um talentoso e endividado escritor que, de seu pequeno vilarejo, escuta falar sobre a mais nova invenção da capital: a famosa máquina de imprensa. Com desejo de ampliar a venda de seu mais recente romance, o autor se endivida ainda mais para conseguir comprar a copiadora mecânica. Cheia de peripécias e reviravoltas, a trama faz referência ao surgimento histórico da máquina de tipos móveis (a primeira versão ocidental de copiadora mecânica), divisor de águas na história da humanidade que permitiu a produção em série dos livros, até então copiados um a um a mão.

“Sem compromissos rígidos em dar conta de contexto ou fatos históricos, “Pança” está mais preocupada em se perguntar o que acontece com a sociedade quando surgem avanços que transformam a capacidade de reprodutibilidade de obras e ideias. Como a ampliação dos meios de reproduzir discursos impacta na transformação social e no imaginário dos indivíduos?”, questiona a autora e diretora Cecilia Ripoll, que escreveu a peça no ano passado.

Para criar a dramaturgia, a autora também se inspirou em clássicos como “O inspetor geral”, de Nikolai Gogol; “Arlequim, servidor de dois patrões”, de Carlo Goldoni; e “Galileu Galilei”, de Bertolt Brecht. “São três textos que eu já li várias vezes e que tocam em temas que eu tinha vontade de desenvolver. “Galileu Galilei” me instiga a refletir sobre os artifícios usados por artistas que desejam pesquisar, sem precisarem ficar à mercê de esquemas engessados. “O inspetor geral” é uma peça que deixa em evidência o ridículo do ser humano a partir de um equívoco, revela o patético por trás de algumas instituições e relações de poder. E “Arlequim, servidor de dois patrões” me inspirou no aspecto formal. A estrutura da trama, com encadeamentos muito precisos, me encanta”, explica Cecilia.

Com estética inspirada no estilo das trupes de comédia dell’arte, “PANÇA” conta com linguagem das máscaras teatrais. “Em cena, brincamos o tempo todo com a ideia de que mudanças sutis podem criar uma outra narrativa, uma outra ideia. Também investimos em uma linguagem ágil, que busca unir a ideia do antigo com o contemporâneo”, explica Cecilia. Na equipe criativa, também estão Eduardo Vaccari (supervisor artístico), Carlos Alberto Nunes (cenógrafo), Nívea Faso (figurinista), Tania Gollnick (mascareira), Ana Luzia de Simoni (iluminadora) e Charles Kahn (colaboração musical).

Serviço:
Primeira Temporada: 1º a 4 de julho
Teatro Arthur Azevedo: Rua Vitor Alves, 454 – Campo Grande
Dias e horários: 5ª a dom., às 19h.
Tempo de duração: 50 minutos
Classificação etária: 14 anos
Vendas de ingressos: na bilheteria do teatro e pelo Sympla
Segunda Temporada: 30 de julho a 2 de agosto
Teatro Glaucio Gill: Praça Cardeal Arcoverde, s/nº – Copacabana.
Dias e horários: 6ª a seg., às 19h. Haverá uma apresentação com intérprete de Libras, no dia 31 de julho (sábado).
Vendas de ingressos: na bilheteria do teatro e pelo Sympla
Temporada 3 online: 5 a 9 de agosto
Canal do Youtube do espetáculo PANÇA
Dias e horários: 5ª a seg., às 19h.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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