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“Lugar da Chuva” propõe uma reflexão poética e política sobre o Amapá

Publicado em:

Foto: Nu Abe

“Lugar da Chuva” faz temporada digital de 27 de agosto a 5 de setembro, com transmissão pelo Youtube do Frêmito Teatro e também pelo Facebook do Teatro Paulo Eiró e Teatro Arthur Azevedo.

A peça, que conta a trajetória de dois viajantes que navegam por terras amapaenses, apresenta uma visão sobre o Amapá tanto do ponto de vista de quem é nativo, quanto do olhar “de fora”, buscando um lugar de troca onde se possa construir a reflexão.

Logo no início da peça, os atores Raphael Brito e Wellington Dias recepcionam o público e o convida a entrar num barco imaginário, por onde a viagem se inicia. A partir daí, numa espécie de jogo narrativo onde não há personagens fixos, eles vão conduzindo a imaginação do espectador por diversos locais reais e fictícios do Amapá.

Aliás, o texto escrito por Ave Terrena foi levantado a partir da sua vivência na cidade, além disso, é definido pela autora como uma “dramaturgia cartográfica”, onde cada cena é uma ilha independente, mas que está em composição com o todo, apostando numa ousada mistura de fluxo narrativo e poético nas falas.

Na família linguística tupi-guarani “Lugar da Chuva” é o significado da palavra ama’pá. O roteiro é fruto das experiências vividas durante uma viagem pelo território amapaense realizada entre novembro e dezembro de 2017. Durante essa residência, os coletivos acionaram vivências criativas em locais significativos do entorno da capital, compartilhando a criação de maneira colaborativa e processual. O atravessamento mútuo entre os artistas e os ambientes nutriram a construção da dramaturgia, do vídeo e da direção de arte.

Na sala de ensaio, a experimentação criativa buscou reimaginar, poética e cenicamente, lugares como a Fortaleza de São José, marco colonial da cidade, a Ilha de Santana, com sua floresta de samaúmas e o bairro do Araxá, com suas palafitas urbanas.
Em cena, se entremeiam reflexões sobre uma Amazônia atual, urbana, globalizada, com as questões que movimentam esse momento. Paralelo a isso, o espelhamento e estranhamento com a natureza, ancestralidades e tradições, buscando ir além dos estereótipos sobre a floresta enquanto um lugar inabitado e sem história.

A peça também conta com projeções de vídeo, criadas pela paulista Luciana Ramin, exibindo imagens que foram registradas em Macapá durante o processo de criação. O material bruto foi editado pela artista tendo como inspiração a estética da videoarte, em que ela busca reimaginar as paisagens amapaenses a partir de um viés mais poético e menos documental.

Serviço
Duração: 70 minutos
Classificação: Livre
Teatro Paulo Eiró
facebook.com/teatropauloeiro
Dias 27, 28 e 29 de agosto. Sexta e sábado, às 21h; e domingo, às 19h
Teatro Arthur Azevedo
facebook.com/teatroarthurazevedosp
Dias 3, 4 e 5 de setembro. Sexta e sábado, às 21h; e domingo, às 19h

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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