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Mamonas Assassinas em releituras que vão do do Jazz ao eletrônico

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“Subversão” sempre foi uma palavra inerente aos Mamonas Assassinas. Mesmo carregados de ironia e bom humor, os integrantes do grupo não deixavam passar uma oportunidade de bagunçar a ordem ou provocar os conceitos musicais em sua rápida e marcante obra, referência para toda uma geração que era criança ou adolescente nos anos 90.

O espírito irreverente do grupo de Guarulhos volta à tona com as releituras mais que inusitadas dos clássicos “Pelados em Santos”, “Vira-Vira” e “Robocop Gay” no EP “Very Crazy”, com produção musical da dg3 Music e lançamento pela Universal Music Brasil, no dia 27 de agosto. Os artistas selecionados para dar nova vida às pérolas dos Mamonas são, certamente, surpreendentes.

O cantor Buchecha se uniu ao MC Koringa e entregaram um belo Jazz para “Pelados em Santos”.  A música ganhou uma versão tão envolvente quanto emocionante, uma história de amor divertida, embalada por pianos, metais, groove e coro, digna de qualquer clube de jazz pelo mundo.

Já os cantores Ivo Meirelles e Anderson Leonardo (do grupo Molejo) injetaram ainda mais bom-humor em “Vira-Vira” e a levaram para o meio da roda de samba, com uma interpretação irreverente e bem carioca de Anderson e Ivo.

O novo álbum digital, cujas versões foram aprovadas pelos herdeiros e o produtor original da banda, Rick Bonadio, encerra com um remix futurista de “Robocop Gay”, na voz dos próprios Mamonas, um hino dos anos 90 carregado de humor e inclusão muito antes do tema “diversidade” se tornar assunto tão discutido e proclamado.

Além disso, o EP contém duas versões do remix, uma completa (extended) e outra mais curta (edit), para fãs de todos os níveis, aliás, ambas têm produção musical, programação e remixes assinadas pela turma da dg3 Music, comandada por David Gomes.

“Nossa intenção foi fazer um versão eletrônica para pista de dança, divertida e livre de preconceitos, mantendo o espírito alegre dos Mamonas. Como o tema da canção é bastante sensível, apresentamos o trabalho para diversas pessoas do segmento LGBTQIA+ e todos aprovaram o resultado”, conta David.

O DJ e produtor sempre foi muito fã dos Mamonas Assassinas e as músicas da banda não faltavam em seus sets. A ideia da homenagem surgiu após David ler uma matéria sobre artistas que, infelizmente, faleceram no auge do sucesso. “Isso coincidiu com os 25 anos do acidente que os vitimou e resolvemos, então, fazer esse tributo”, explica ele, referindo-se à trágica queda do avião que levou a banda, durante um voo na Serra da Cantareira, em São Paulo.

O produtor, então, se debruçou sobre as músicas e as possibilidades de uma homenagem diferente em “Very Crazy”. De um projeto anterior de releituras de músicas brasileiras, veio a ideia de “Pelados em Santos”. “Quando mostramos o arranjo em Jazz para Bochecha e Koringa, parceiros de outras produções aqui na dg3, eles adoraram e toparam na hora”, conta o DJ.

Já o arranjo de “Vira-Vira” foi criado em samba. “Eles ouviram e sugeriram o Ivo Meirelles, que também aceitou na hora. A cereja do bolo foi o Anderson, que adorou a ideia e, com seu jeito irreverente e brincalhão, deixou a música com o espírito dos meninos dos Mamonas”, completa David. “Queria aproveitar para agradecer ao Jorge Santana, primo do Dinho e gestor da marca dos Mamonas, pelo apoio, parceria e confiança”.

Um dos grupos mais populares e de sucesso meteórico no Brasil, os Mamonas Assassinas lançaram seu único álbum de estúdio em junho de 1995. Amados por fãs de várias idades,  Dinho, Bento, Julio, Samuel e Sergio venderam quase 2 milhões de cópias do álbum “Mamonas Assassinas” e teve a vida interrompida pelo acidente nove meses depois, em março de 1996.

 

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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