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“Relatos de Um Homem Só” faz temporada na Casa de Cultura Laura Alvim

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Peça debate a violência contra a mulher,  a partir de depoimentos reais de mulheres vítimas de violência.

Relatos de um Homem Só
Foto: Fabiana Bueno

Onde começa a violência contra a mulher? Um dos debates mais importantes na sociedade atual foi o ponto de partida e inspiração para o espetáculo “Relatos de Um Homem Só”, o novo trabalho cênico de Gabriel Taco.

O monólogo documental foi escrito a partir de depoimentos de mulheres vítimas de violência, “Relatos de Um Homem Só”  é interpretado pelo ator, com a colaboração da diretora Gabriela Guinatti e preparação corporal de Meg Lovato. A peça realiza temporada presencial na Casa de Cultura Laura Alvim.

No palco, Gabriel se desdobra em quatro tipos de homens. Um discreto e agressivo controlador, um grotesco inconsciente, um coach com técnicas sexuais mirabolantes e um depressivo à beira do suicídio. Personagens que, fora da peça, circulam entre nós. Apresentando tipos verossímeis, o espetáculo almeja provocar a reflexão através de relatos reais, provocativos, contundentes e diretos.

“Não é um tema fácil de ser abordado, principalmente por toda a questão social que o envolve, mas o papel da arte é exatamente esse, o de escancarar realidades e comportamentos que muitas vezes permanecem velados e intocáveis na sociedade. É colocar o ser humano frente a frente consigo mesmo”, salienta o ator.

“Os homens precisam, urgentemente, rever os seus papéis dentro da sociedade. Olhar para dentro, revisitar seu passado e identificar quem é esse sujeito que precisa recorrer à violência em suas relações. O que é, verdadeiramente, ser homem? As mulheres pedem socorro há muito tempo, os casos aumentaram em meio à pandemia. Chegou o momento dos homens participarem ativamente deste debate público. A montagem é, certamente, uma tentativa de iluminar a caixa onde foi alicerçado o masculino para elucidar seus enganos, provocar discussões e buscar saídas”, ressalta Gabriel.

A ideia da peça surgiu através de uma inquietação pessoal com relação às alarmantes estatísticas relacionadas a todo tipo de violência praticada contra a mulher. “Acompanhar repetida e diariamente notícias sobre mortes de mulheres fez com que eu mergulhasse de cabeça na questão. A pesquisa começou de forma digital, além da coleta de depoimentos de pessoas próximas que, sabendo da iniciativa, decidiram revelar também suas violências íntimas”, rememora o autor.

Nos últimos anos, as ferramentas legais com foco no enfrentamento aos diferentes tipos de violência foram se consolidando, a exemplo da Lei Maria da Penha (2006), da mudança na Lei do Crime de Estupro (2009), da Lei do Feminicídio (2015) e da mais recente Lei de Importunação Sexual (2018). Se compararmos os avanços conquistados pelos movimentos de mulheres e as políticas públicas implementadas para garantir seu cumprimento, percebemos ainda uma enorme fragilidade.

SERVIÇO:
“RELATOS DE UM HOMEM SÓ”
Temporada: 03 a 25 de setembro, às 19 h
Local: Casa de Cultura Laura Alvim (Av. Vieira Souto, 176 – Ipanema)
Ingressos:

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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