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“Onde está Liz dos Santos?” estreia no Teatro Firjan SESI Centro

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Autora se inspirou em entrevistas sobre aas zonas de milícia.

Onde está Liz dos Santos
Foto: Diogo Nunes

Os derrotados nunca puderam contar a história do mundo. A narrativa sempre coube aos vencedores, dominadores e bárbaros, mas, mesmo nos regimes mais autoritários e violentos, as vítimas têm a oportunidade de deixar sua mensagem para as gerações futuras, é justamente, a partir dessa reflexão que se desenvolve o drama “Onde está Liz dos Santos?”, que estreia dia 19 de novembro, no Teatro Firjan SESI Centro.

Escrita pela estreante Beatriz Malcher durante as atividades da 6ª turma do Núcleo de Dramaturgia Firjan SESI, sob a coordenação do diretor e dramaturgo Diogo Liberano, “Onde está Liz dos Santos?” conta uma história de perseguições, desaparecimentos e submissões que apresenta paralelos com a realidade brasileira.

A trama se desenrola em uma cidade dominada por um grupo de milicianos, onde a posse de armas está liberada. Maria das Graças busca sua filha, Liz, que desapareceu após ser levada à delegacia local. A busca expõe uma trama de violência que envolve o Estado, a alta burguesia agrária e a igreja. Paralelamente, o pastor da cidade se confronta com o seu papel ambíguo neste cenário.

Para escrever a dramaturgia, a autora se inspirou em entrevistas que leu com pessoas que moram em zonas de milícia e em um episódio que ouviu de uma senhora na porta do banco: ela perdeu um filho, casa e negócio depois que a família deixou de pagar pelos serviços cobrados pelo grupo clandestino.

 “Li bastante sobre milícia nos últimos meses para construir a trama, porém a peça parte de um ambiente dominado por esse grupo para refletir sobre as posturas autoritárias, violentas e fascistas que fazem parte da história do Brasil e do mundo. De tempos em tempos, essas posturas ficam mais afloradas. Li um livro que falava, por exemplo, sobre a continuação dos métodos usados pela ditadura militar nos métodos usados pela milícia”, acrescenta.

A narrativa também é contada a partir de obras, no estilo lambe-lambe, deixadas pela personagem-título, uma artista desaparecida que, a partir do eu trabalho, fazia denúncias políticas. “Eu queria trabalhar com indivíduos desaparecidos, mas que tivessem voz. Eu não queria fazer como o sistema e apagar essas pessoas do mapa”, observa a dramaturga.

Serviço
Temporada: 19 a 28 de novembro
Teatro Firjan SESI Centro: Av. Graça Aranha, 1, Centro
Dias e horários: 6ª, às 19h e sáb. e dom., às 17h.
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada).
Vendas: Sympla e bilheteria do teatro
Telefone da bilheteria: 2563-4163
Duração: 1h15
Lotação: 270 pessoas
Classificação Etária: 14 anos.

Serviço – Temporada virtual: 01 a 30/12. 
Onde assistir: Canal do Youtube Firjan SESI
Ingressos: gratuitos
Duração: 1h15
Classificação Etária: 14 anos.

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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