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Adeus Idiotas, uma comedia dramática que bebe do humor do absurdo

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 Comedia dramática abusa do estilo surrealista, da França de 1924.

Adeus Idiotas
Still

Novo filme de Albert Dupontel, Adeus Idiotas conta com Virginie Efira (Benedetta), Albert Dupontel e Nicolas Marié em uma comedia subversiva e dramática, no mínimo inusitada. Aliás, o filme desconstrói grandes tabus da sociedade atual, como depressão, gravidez na adolescência e machismo.

Adeus Idiotas conta a história de Suze Trappet, que descobre, aos 43 anos, que está seriamente doente e decide ir procurar a criança que foi forçada a abandonar quando tinha 15 anos. Agora, sua busca vai fazê-la cruzar com JB, um quinquagenário em pleno esgotamento mental, e com o Sr. Blin, um arquivista cego de um entusiasmo impressionante. Juntos, eles embarcam em uma missão tão espetacular quanto improvável.

Com um roteiro que lembra um jogo de dominó, prestes a desabar, Adeus Idiotas apresenta a catástrofe personificada baseado no Surrealismo. O longa desenvolve uma premissa próximo ao realismo fantástico e ao humor do absurdo, com o intuito de levar o espectador em uma aventura psicológica de risos e choros. Assim, dessa forma, o longa aborda um universo representado por exageros e ainda consegue fazer uma critica social como o Surrealismo fazia.

Nas duas primeiras décadas do século XX, os estudos psicanalíticos de Freud e as incertezas políticas criaram um clima favorável para o desenvolvimento de uma arte que criticava a cultura europeia e a frágil condição humana diante de um mundo cada vez mais complexo. Assim, surge o Surrealismo, corrente artística moderna da representação do irracional e do subconsciente (olha ela falando de Freud de novo!), além disso, o Surrealismo tem como intuito interferir de maneira fantasiosa na realidade. E, é justamente, o que Dupontel, faz, mesmo falando de assuntos atuais e relevantes.

Com o intuito de deixar o mundo real para penetrar no irreal, o diretor leva as telas uma obra profunda, no ponto onde a razão humana pode até perder o controle, porém sem ter essa intenção.  Dupontel leva as telas uma caricatura da sociedade contemporânea em plena barbárie politico social.

Vencedor de 7 Césars, incluindo o de melhor filme, melhor diretor e melhor roteiro original, Adeus Idiotas foi indicado para outras 6 categorias e foi um dos grandes destaques da programação do Festival Varilux de Cinema Francês no ano passado. A revista Rolling Stone comentou que “Entre o burlesco e a tragédia, o sétimo longa-metragem de Albert Dupontel é um de seus melhores e acerta o alvo: no coração.”

 

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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